Calor aumenta incômodo com varizes: saiba como amenizar sintomas
Com mais de 2 milhões de casos diagnosticados no Brasil, as varizes provocam veias dilatadas, geralmente nas pernas e nos pés. Além de uma preocupação estética apenas, as varizes podem ocasionar dor, desconforto ou ainda indicar um problema circulatório mais sério. A condição tende a se agravar com o calor excessivo. O professor do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras, cirurgião vascular, Denes Marques De Figueiredo, dá mais detalhes sobre o problema de saúde.
O que são? Mais frequente nos membros inferiores, aquelas veias tortuosas, irregulares e que ficam mais aparentes na pele, com cor azulada ou esverdeada, podendo até serem avermelhadas, são conhecidas como varizes. “É dessa forma que elas deixam de realizar suas funções no sistema circulatório com a mesma eficiência de antes, por conta da alteração na parede da veia e alteração no funcionamento das valvas, as quais tendem a direcionar o fluxo do sangue em um único sentido, que é dos pés pasta o coração, não permitindo que ele retorne, fenômeno este quile se chama refluxo ”, esclarece o médico.
As varizes possuem calibres variados, mas isso só pode ser analisado pelo médico, após avaliação do paciente. Dentre os sintomas mais comuns estão dormência, dor, inchaço, cansaço e sensação de peso nas pernas. “A consulta pode evitar complicações graves por meio de um diagnóstico apontado ainda no início. No calor, a atenção deve ser redobrada, evitando banhos muito quentes e apostar na aplicação de cremes, gel e loções para aliviar o desconforto com os sintomas”.
Estudos indicam que varizes são mais frequentes em mulheres com idade entre 20 e 50 anos, mas podem surgir e agravar em qualquer idade; no entanto o problema também atinge os homens.
Dentre os fatores que contribuem para o surgimento das varizes estão obesidade, longas horas em pé ou sentado, falta de atividade física, envelhecimento, alterações hormonais (que acontecem também durante a gravidez), uso de anticoncepcionais, número de gravidezes, além da herança genética. As complicações mais graves da doença incluem tromboflebites, dermatite ocre (manchas de cor marrom que surgem nas pernas), sangramento (por ruptura do vaso) e feridas venosas (úlcera varicosa).
A condição não tem cura, mas tem controle e tratamento. Possui caráter hereditário, por isso não existem medidas muito eficazes na prevenção, mas recomenda-se evitar passar longas horas em pé, repousar, manter as pernas elevadas e água fria para aliviar os sintomas das varizes. A consulta ao médico
especialista é essencial para início imediato de tratamento, que pode ser medicamentoso e até cirúrgico. Também são analisadas a adoção de meias de compressão e outras medidas para alívio do desconforto.
Cirurgia – Quando não há eficácia nos tratamentos não invasivos, a cirurgia pode ser indicada pelo médico especialista. São vários os tipos de procedimentos que vão desde a aplicação de injeções, cirurgia a laser, radiofrequência, microcirurgia de varizes e até a remoção da veia safena nos casos mais graves.
Sobre a FACULDADE PITÁGORAS
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