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 Brasil já teve 4 ondas de calor em 2025, e ventilador vira item essencial

No processo de desenvolvimento histórico brasileiro, as ondas de calor de 2025 encontram-se entre os fenômenos climáticos mais marcantes da história recente. Somente nos primeiros meses deste ano a população enfrentou quatro episódios de calor extremo, contando com recordes sucessivos de temperatura e sensação térmica em diversas regiões. 

Esse movimento reforça o alerta de cientistas em relação à intensificação das mudanças climáticas. As transformações provenientes do uso intensivo da natureza estão alterando o regime térmico e pluviométrico do território nacional, afetando o meio ambiente e, por consequência, o cotidiano das pessoas.

Quatro ondas de calor em menos de três meses em 2025

Somente neste ano o Brasil já conseguiu registrar quatro episódios de calor extremo desde janeiro, com destaque para as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o verão de 2024/2025 foi o sexto mais quente, contando desde 1961, com um aumento de 0,34°C em relação à média histórica de 1991 a 2020. 

Esses dados são preocupantes quando se percebe que a alteração ocorreu em basicamente meio século. Inclusive, a sensação térmica, em algumas regiões, chegou a 70°C, evidenciando o nível de severidade do fenômeno.

Na totalidade, o estado do Paraná foi um dos mais afetados. Entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, enfrentou três ondas de calor severas, com temperaturas máximas que ultrapassaram os 40°C em municípios do interior. 

Outro ponto é que, além da sensação de desconforto térmico, os impactos se estendem para outras esferas da vida, como agricultura, abastecimento de água e saúde pública, com aumento nos casos de desidratação e insolação. No Rio de Janeiro, o calor atingiu pela primeira vez o nível 4 de alerta, o mais alto na escala de risco térmico. 

O protocolo é acionado quando os índices de calor ultrapassam 40°C e podem chegar a 44°C – situação inédita desde a adoção da classificação, diga-se de passagem. Esses fenômenos não são isolados e evidenciam uma nova tendência do século XXI. 

Projeções indicam 2025 entre os três anos mais quentes da história

Não é coincidência que, conforme estudos da Organização Meteorológica Mundial (OMM) e do Inmet, o ano de 2025 esteja entre os três anos mais quentes já registrados, atrás apenas de 2024 e 2023. 

Inclusive, o relatório da OMM mostrou que um terço dos eventos climáticos sem precedentes na América Latina no ano de 2024 aconteceu no território brasileiro. 

A tendência é que as temperaturas continuem crescendo nos próximos anos, sobretudo impulsionadas pelo aquecimento global e por fenômenos como o El Niño. No Brasil, regiões como Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná continuam sendo as mais afetadas, com expansão dos efeitos para Goiás e Bahia.

Considerando esse cenário, dentre os itens necessários para encarar as ondas de calor e não gastar muita energia, o ventilador passou a ocupar um papel central. Isso porque esse aparelho em específico permite minimizar o desconforto térmico, sem gastar muita energia. 

No fim, essas modificações no planeta são reflexo de anos de civilização. É por esse motivo que as mudanças climáticas tornaram-se centrais nos debates internacionais. Em 2025, o Brasil vive uma transição climática evidente, exigindo mudanças de hábitos no cotidiano da população.