Black Friday 2022: Setor de tecnologia registra crescimento de 149% nas vendas em relação ao ano anterior

Ao longo dos anos, a Black Friday se consolidou no Brasil e no Mundo como uma data de referência para impulsionar as vendas, tanto no varejo quanto no E-Commerce. Atrativa pelos descontos oferecidos ao consumidor, a sexta-feira mais famosa do comércio teve origem nos Estados Unidos, mas logo ganhou força também entre os brasileiros.

Neste ano, no entanto, a Black Friday, não teve a atenção exclusiva da população. Se por um lado, a evolução positiva da pandemia permitiu que as pessoas voltassem a se organizar financeiramente, o evento do comércio teve que dividir os holofotes com as eleições presidenciais e a Copa do Mundo do Catar.

Um estudo feito pela plataforma online Cuponation aponta que, quando considerado todo o mês de novembro, o setor de tecnologia foi o grande destaque com um crescimento de 149% no número de vendas em comparação ao ano de 2021. Em seguida, estão os setores de moda e esportes.

Em relação aos estados onde o evento teve os melhores resultados, São Paulo lidera o ranking concentrando 36% das vendas feitas no período em todo o país. Em seguida estão os estados do Ceará (14%) e Rio de Janeiro (12%).

Apesar dos resultados positivos em novembro, a sexta-feira da Black Friday não chegou ao faturamento esperado e, com a realização do jogo entre Brasil e Suíça, válido pela segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo, a mobilização dos brasileiros para assistir a partida foi considerada um fator que atrapalhou a data, desviando a atenção do consumidor e reduzindo o número de vendas e faturamento no dia D da Black Friday.

Uma pesquisa feita pela Linx, empresa brasileira de tecnologia, mostra que o comércio eletrônico teve queda de 14% no faturamento em relação ao ano passado no dia da Black Friday. Nas duas horas que antecederam o jogo do Brasil, as vendas caíram em aproximadamente 54%, porcentagem ainda maior do que o jogo de estréia da seleção na competição, quando a queda foi de 46% nas vendas.

Se na sexta-feira da Black Friday as vendas foram piores do que a expectativa, o resultado mostra que o crescimento das vendas ficou diluído durante todo o mês de novembro, sobretudo na semana que antecede o dia D e também no fim de semana seguinte, dias 26 e 27 de novembro.

De acordo com os dados levantados pela Linx, foi registrado um crescimento de 6,7% nas vendas durante a semana que antecede a Black Friday. Já no fim de semana seguinte ao evento, houve um aumento ainda maior: 27%.

Dispositivos móveis dominam tráfego

Seguindo o exemplo do que acontece no mundo globalizado com as transações bancárias e contratação de empréstimo pessoalem aplicativos de grandes bancos e fintechs, os dispositivos móveis também dominam o tráfego de pessoas no e-commerce durante a Black Friday. De acordo com o estudo da Cuponation, os smartphones são responsáveis por 61% dos acessos contra 39% do desktop.

Dentro desse universo, 36% do tráfego em aplicativos e lojas online na Black Friday é de jovens entre 25 e 34 anos. Em seguida, com 18%, aparecem as pessoas entre 35 e 44 anos e, por fim, de 55 a 64 anos, com 4% do tráfego.