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Bioeconomia é abordada em programação técnica do Sebrae na Expo Indústria Maranhão

Macrossegmento que gera oportunidades de mercado para os pequenos negócios, a bioeconomia foi tema de painel realizado pelo Sebrae Maranhão na Expo Indústria 2023, nesta sexta-feira (10), no espaço Seja, no estande da instituição, no Multicenter Negócios e Eventos. A bioeconomia une o uso consciente dos recursos naturais e as novas tecnologias para criar produtos e serviços mais sustentáveis.

Mariane Castro, presidente de instituto que cria projetos sustentáveis em parceria com empresas, organizações da sociedade civil e entes governamentais no estado, acompanhou o painel. A instituição, que é acelerada pelo Inova Amazônia, está com projeto em andamento para exportar produtos da bioeconomia maranhense, como juçara, cachaças e também produtos feitos artesanalmente por comunidades indígenas e quilombolas, com a finalidade de aumentar o lucro desses empreendimentos.

“Quando viajávamos para Alcântara, Santo Amaro, comunidades que já conhecem nosso trabalho, eles sempre falavam que o Turismo era sazonal, que estava faltando dinheiro. E como iríamos transformar essa realidade? Criando um outro caminho: vamos exportar. Então dessa forma nasceu esse projeto que visa valorizar o que eles já vêm produzindo”, explica Mariane.

A atividade foi mediada pela líder de Inovação da Neo Ventures, Michele Barros, e trouxe três convidados: representantes de duas startups, que fazem parte do Inova Amazônia, programa do Sebrae para fortalecer a bioeconomia na Amazônia e estimular o desenvolvimento econômico de maneira sustentável, e o gerente da Unidade de Inovação e Tecnologia do Sebrae Maranhão, César Guimarães. 

“O Maranhão é um estado que tem uma grande biodiversidade. E, de uma certa forma, esse potencial não é aproveitado para transformar a realidade econômica do estado. Então projetos como o Inova Amazônia, onde surgem soluções inovadoras para atender necessidades de mercado e impactar socioambientalmente toda uma região, podem proporcionar um grande desenvolvimento para territórios como o Maranhão”, afirma o gerente.

Um dos painelistas convidados foi o professor Márcio Tavares, que faz parte da Marandu, Agência de Inovação e Empreendedorismo da UEMA, e de projeto de startup de financiamento coletivo para enfrentamento das mudanças climáticas e redução da pobreza na Amazônia. A iniciativa, que está na fase de ideação, pretende tornar territórios da região aptos à geração e comercialização de créditos de carbono através de projetos de certificação internacional.

“Já estamos sendo procurados por algumas instituições que poderão se beneficiar com o nosso produto, que tem um impacto socioambiental tremendo. Nós estamos trabalhando para diminuir o desmatamento e queimada de áreas da Amazônia Legal”, diz Márcio. O docente considera que o espaço na Expo para falar sobre bioeconomia vai possibilitar firmar novas parcerias. “É uma oportunidade”, finaliza.