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Assistência Social tem acompanhado mais de 800 pessoas afetadas pela cheia do Rio Tocantins

Provocada pela cheia do Rio Tocantins, desde o último dia 27/12, quando as famílias começaram a ser retiradas de áreas alagadiças na cidade, total de 20 servidores, entre assistentes sociais, motoristas, pedagogos e outros têm-se revezado em escalas para acolher este público. Cadastro de famílias afetadas, acomodação das pessoas em abrigos, entrega de refeições, lanches e cestas básicas, recebimento e separação de kits de higiene pessoal, roupas e demais donativos para distribuição, estão entre os serviços prestados. Defesa Civil e outros órgãos da Saúde também se dedicam neste período crítico.

A secretária de Desenvolvimento Social, Janaína Ramos, explica que “em virtude de todos os anos a cidade de Imperatriz na época de inverno sofrer com essas enchentes, a Sedes já tem um plano de ação montado para as famílias atingidas. Plano este que é executado quando chega o momento. Somado a isso, temos também a corrente do bem, que são as ajudas que chegam de empresas, igrejas, sociedade civil, secretarias e outras, imprescindíveis para ajudar as pessoas. Aproveito inclusive para agradecer cada empresa e instituições que tem doado, de forma geral, agradeço a todos que têm nos ajudados”.

A assistente social Kelle Dias é servidora do Cras Cafeteira, mas desde o início deste período de alagamentos, ela e outras colegas foram acionadas para prestar serviço aos desabrigados no setor do bairro da Caema e Vila Leandra. “É um prazer trabalhar para estas famílias, a gente se sente satisfeita em ajudar, ao mesmo tempo, a gente também fica triste em vê-las nessa situação, de ter que sair de suas casas e perder a privacidade nos abrigos coletivos, é tocante, é emocionante”, disse Kellle.

Ela acrescenta que apesar da situação, “a gente também se aproxima bastante, nos tornamos bem íntimos deles, porque eles precisam também dessa atenção diferenciada do profissional”, contou.

Moradora da Vila Leandra há quase 10 anos, a idosa Creusa Muniz, 74 anos, conta que nestes anos em que vive no bairro, jamais havia amargado a invasão da água em sua casa. “Esta foi a primeira vez, nunca tinha acontecido. Como a água subiu e invadiu até o quintal, eu tive que ser retirada da minha casa pela Defesa Civil, aceitei sair porque era perigoso subir mais e eu não ter como sair à noite”, disse Creusa, com os olhos marejados.

Ela e mais três famílias foram retiradas nas últimas 24h da área, todas estão cadastradas e acomodadas na Igreja Assembleia de Deus Fonte de Vida e na quadra da Escola Municipal Tiradentes II, onde já receberam colchões, alimento, entre outros itens.

Empresas privadas, igrejas, Secretaria Municipal de Governo, sociedade civil, Corpo de Bombeiros também têm sido imprescindíveis na prestação de auxílio às pessoas.