Após sequência de aumentos, Gasolina sobe mais 1,4% e passa de R$ 5 em 11 estados brasileiros

O impacto dos preços da gasolina na economia são facilmente sentidos no bolso do brasileiro. Quando o valor pago pelo litro da gasolina sobe, o custo de vida do cidadão também é forçado para cima. Isso porque, além do custo direto para abastecer o carro nos postos de combustíveis, o preço da gasolina é uma variável comum quando se trata de gastos para fornecer serviços essenciais à sociedade como, por exemplo, nos setores de transporte, alimentação e vestuário. Desta forma, aumentos no preço da gasolina costumam ser repassados para a população.

O valor do combustível pode servir de como termômetro, por exemplo, para o cidadão comum decidir se vale ou não a pena utilizar o carro próprio na rotina do dia a dia. Sabendo que, além de custos de manutenção, revisões e seguro de carro, que costumam ser calculados no momento da aquisição do veículo, o motorista também pode acumular gastos extras mensais pagando cada vez mais caro para abastecer o automóvel.

São muitos os fatores que influenciam direta e indiretamente no preço final do combustível que chega nas bombas. Desde os custos de produção, distribuição e revenda, até os impostos estaduais e federais que também incidem sobre o valor do combustível. Fatores externos como a pandemia da Covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia também contribuíram fortemente para o aumento no preço que foi sentido no bolso do brasileiro.

Isso acontece porque, apesar do Brasil se declarar autossuficiente na produção de petróleo, a incapacidade em refinar o combustível fóssil faz com que o país precise importar os derivados, como é o caso da gasolina. Portanto, a Petrobrás é diretamente afetada pelas alterações de valores pagos no barril de petróleo no mercado internacional, que também é afetado pela cotação do dólar.

Após um cenário de forte alta, que ocorreu sobretudo em razão da crise econômica mundial, o Brasil conseguiu uma redução no valor dos combustíveis que foi possível através da Lei Complementar 194, de 2022, limitando a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). No entanto, o valor da gasolina voltou a ter uma sequência de alta pela quarta semana consecutiva.

De acordo com pesquisa realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foi registrado um aumento de 1,4% no valor da gasolina entre os dias 30 de outubro e 5 de novembro. Com isso, ainda segundo a pesquisa, a média do preço da gasolina nos postos de combustíveis já ultrapassa R$ 5 em pelo menos 11 estados do país.

A ANP detectou que a Bahia teve a maior média de preço da gasolina entre os estados brasileiros, com o litro do combustível sendo vendido a R$ 5,51. Em seguida, está o Rio Grande do Norte com um valor médio de R$ 5,44/litro. Em contrapartida, Mato Grosso do Sul (R$ 4,78) e Paraíba (4,79) foram os estados com menor média de preço da gasolina comercializada nos postos de combustíveis.

Preços do etanol e diesel

A mesma pesquisa da ANP também registrou o aumento no preço da gasolina, também detectou um leve crescimento no preço do diesel e uma alta considerável no valor pago no litro do etanol.

Enquanto o diesel teve alta de 0,3%, saindo de R$ 6,56/litro para R$ 6,58/litro, o cidadão viu o preço do etanol pular de R$ 3,63 para R$ 3,70, ou seja, ficou 1,9% mais caro em relação à semana anterior.