Apenados de Itapecuru-Mirim produzem máscaras para doação gratuita na comunidade

A Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de Itapecuru-Mirim implantou um projeto para produção de máscaras artesanais de proteção à Covid-19 confeccionadas pelos 22 apenados em regime fechado assistidos pela instituição. Já foram produzidas 1.390 máscaras, que estão sendo distribuídas gratuitamente para os mais necessitados, na cidade.

O projeto conta o apoio da juíza da 2ª Vara da Comarca de Itapecuru Mirim, Mirella Cézar Freitas; Prefeitura Municipal; Secretaria Estadual de Administração Penitenciária; empresários e moradores, que têm arcado com o aluguel das três máquinas de costura e de todo o material necessário para a confecção das peças.

As máscaras produzidas são distribuídas gratuitamente pela Apac para a comunidade carente, agentes de saúde, aos acompanhantes dos pacientes internados no Hospital “Adélia Matos Fonseca”, aos familiares dos recuperandos e voluntários, aos internos do Instituto Missionário Resgate que trabalha com a recuperação de dependentes químicos, bem como aos pacientes e acompanhantes que fazem hemodiálise na rede hospitalar.

A primeira doação foi feita por Ricardo Cavalcante Nascimento, encarregado de segurança da Apac, para o diretor do Hospital Adélia Matos Fonseca, Raimundo Bandeira de Melo, para uso dos acompanhantes dos pacientes internados.

Segundo informações da diretoria da Apac, no total foram distribuídas 1.390 máscaras para a órgãos da saúde do município (460), comunidade carente (300), voluntários e parceiros (200), instituições filantrópicas (150), instituições religiosas (100), uso internos e familiares dos recuperandos (180).

A diretoria da instituição informou que esse projeto foi possível com o empenho dos funcionários, voluntários, bem como dos órgãos públicos e pessoas físicas parceiras, que doaram recursos e materiais (tnt e elásticos), e pela dedicação dos recuperandos, que se dispuseram a aprender um novo ofício e colaborar para minimizar os efeitos da pandemia no município.

SOLIDARIEDADE – Na metodologia Apac, os elementos da metodologia trabalham a concretização das assistências garantidas pela legislação brasileira em relação ao apenado, especialmente, a Constituição Federal e a Lei de Execução Penal. Segundo a filosofia dos Centros de Reintegração Social das Apacs, todo o trabalho é voltado de modo a reformular a autoimagem do recuperando para que ele possa se entender maior do que o erro cometido e que levou à condenação.

A ajuda à sociedade na prevenção ao contágio pelo coronavírus é vista como uma forma de estimular o sentimento de solidariedade, e incentivar gestos de bondade, de ajuda mútua e de fraternidade, considerados essenciais para que o recuperando se sinta como protagonista da sua ressocialização.

“É importante conscientizar cada um dos apenados da necessidade do cumprimento de sua pena, retirando-se as traves que os impedem de ver a realidade tal como é, de enxergar o mal causado à vítima e à sociedade. Contudo, é necessário trabalhar a valorização humana como forma de liberta-los dos medos, dos vícios, dos preconceitos e das grades interiores que os impedem de internalizar os conceitos diariamente passados pelas diretorias, funcionários e voluntários”, ressalta a diretora Jucey Santana.

O interessado em conhecer mais sobre o projeto, contribuir com recursos ou materiais ou agendada uma visita on-line pode fazer contato por meio dos telefones (98) 98478-0774 ou 98482-6088 (Apac). O contato ainda pode ser feito pelo instagram @apacitapecuru.