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Alimentos integrais: como saber se eles realmente são integrais? 

 As pessoas estão buscando hábitos de vida cada vez mais saudáveis, que façam bem à saúde e causem menos impacto ao meio ambiente. Nas prateleiras dos supermercados, o consumidor vê cada vez mais disponíveis produtos com o selo “integral”. Mas, como saber se, de fato, aqueles alimentos são mesmo integrais?  

 O que é um alimento integral?  

 O alimento integral é mais “natural”. Isso significa que ele passa por menos processos industriais de refino, mantendo características como nutrientes, fibras e compostos bioativos. Na indústria, o processo de refino tem como objetivo aumentar a vida útil dos alimentos.  

 Os alimentos integrais são, em geral, aqueles derivados de cereais como arroz, trigo, centeio, aveia, farinhas e produtos derivados: pães, bolos e bolachas.  

 Mas segundo a nutricionista e professora do curso de Nutrição da faculdade Pitágoras, Rayana Silva de Almeida, não há legislação que regulamente critérios para considerar um alimento 100% integral. Se no produto em si tiver alguma proporção de produtos integrais, o mesmo já pode ser caracterizado como integral.  

“Um produto integral é composto por ingredientes integrais. Vale à pena o consumidor ficar atento ao rótulo, pois os alimentos integrais são compostos por farinha de trigo integral. Quando no rótulo estiver farinha de trigo enriquecida com ácido fólico e amido, esse produto não é 100% integral”, pontua. 

Além disso, é preciso ficar atento às fibras (o ideal é que representem 3g ou mais a cada porção de 50g do produto), sódio (deve ser inferior a 5% do valor diário), não pode haver a presença de açúcar refinado, e a concentração de conservantes e aditivos químicos deve ser baixa.  

 Na dúvida, existe um certificado internacional, chamado Whole Grain, criado para atestar se os produtos são mesmo integrais.  

A professora dá outra dicas que geralmente os produtos integrais têm uma consistência diferente, mais dura, pois a farinha integral possui mais grãos e fibras. A nutricionista destaca os benefícios desses alimentos. “Eles possuem um teor de fibras mais elevados, sendo excelentes aliados na saúde intestinal, na resposta glicêmica e na saciedade”, reforça.