Aliada ou vilã: saiba como a tecnologia é melhor utilizada
Todo mundo já ouviu o clichê “o que separa o remédio do veneno é a dose”. Apesar de a frase circular desde sabe-se lá quando, ela se aplica a uma questão bem atual: o uso da tecnologia. Apesar das críticas às novas tecnologias, é impossível negar que elas podem ser grandes aliadas para tornar as tarefas do dia a dia mais práticas.
Assim como o ser humano tem dualidades, a tecnologia – que é algo criado por ele – também não pode ser classificada apenas como heroína ou vilã. Saber utilizá-la da melhor forma possível ajuda no desenvolvimento social e individual.
Um dos fatores que dificultam o uso correto das tecnologias é que as redes sociais e demais plataformas, que nem sempre circulam informações benéficas, estão cada vez mais atrativas, principalmente para crianças e adolescentes. Especialistas da área da educação ressaltam, porém, que, para ajudar menores a fazer o melhor uso da tecnologia, é preciso limitar e compreender o uso que eles fazem desses aparelhos.
Em um período em que a moda infantil, os memes, as análises de notícias, os lançamentos musicais e diversas outras tendências chegam primeiro na internet, ficar de fora dela é correr o risco de se isolar socialmente. Esse isolamento é recomendado apenas para crianças de até 2 anos de idade, fase em que os menores ainda não sabem separar a realidade do mundo presente nas telas.
Pontos de atenção
É preciso ressaltar que, apesar de necessárias, há também prejuízos no uso desregrado de tecnologias. Aspectos cognitivos como memória e raciocínio podem ser afetados pelo mau uso das telas, que inclui usá-las com muita frequência. Esse uso exagerado também pode provocar problemas físicos, como questões posturais, por exemplo.
Esses problemas, porém, podem não ocorrer diante de um uso regrado e orientado por pais e responsáveis. Ao aprenderem sobre o uso correto das telas, crianças e adolescentes se tornam adultos menos propensos ao vício nesses dispositivos. Adultos também podem optar por passar por um período de reeducação, para se adaptarem ao uso mais correto.
Para fazer um uso mais proveitoso, os pais podem definir objetivos para o uso das tecnologias feito por filhos e filhas, determinando que ele seja realizado para pesquisar dúvidas e assistir a videoaulas. Pode ser incluso também um tempo para jogos educacionais. Os adultos também devem estabelecer metas específicas para o uso próprio, reservando um tempo menor para as redes sociais.
É importante que, quando essas metas forem planejadas com crianças, o adulto dê o exemplo. Isso pode ser feito deixando de lado o vício em redes sociais e passando a maior parte do tempo construindo vínculos sociais com os menores, ensinando que conectar-se com quem ama é passar um tempo de qualidade.
Uso produtivo
Os recursos tecnológicos são ótimas ferramentas para o aprendizado, se usados com planejamento. Tablets e celulares podem reforçar conteúdos aprendidos no ambiente de escolas e faculdades, tendo a vantagem de serem portáteis, permitindo esse reforço no transporte para atividades do dia a dia ou em viagens, por exemplo.
Aplicativos presentes nesses dispositivos podem ser fundamentais também para fixar o aprendizado e a prática de idiomas como inglês e espanhol.
Além disso, esses eletrônicos também podem servir como forma de se reaproximar e se conectar com familiares e amigos. Por meio deles, pode-se priorizar fazer videochamadas com familiares distantes, ao invés de assistir a vídeos com conteúdos duvidosos que não trazem informação.
Por isso, é importante que pais e responsáveis acompanhem esse uso ao incentivar aqueles que forem utilizados para o aprendizado e para atividades e jogos lúdicos, que podem ser feitos em família, impedindo o uso excessivo desses aparelhos.