AGED/MA e IMESC discutem sobre os impactos da não retirada da vacinação contra aftosa

Técnicos da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED/MA) e do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC) estiveram reunidos, nesta semana, para elaboração do estudo de impacto da não retirada da vacinação contra febre aftosa no estado.

Baseados nos dados agropecuários fornecidos pela AGED/MA, a ideia é fazer um levantamento dos impactos, calculando os prejuízos com a manutenção da vacinação quer pelo custo direto da aquisição e aplicação da vacina, tanto quanto pelas perdas de carne na toalet de carcaça nos frigoríficos em virtude do manejo inadequado da administração do produto. 

Um outro cálculo importante que os técnicos também discutiram foi de apontar o potencial ganho comercial que o Estado deverá obter com a retirada da vacina contra aftosa. 

“Não se tornando zona livre de aftosa sem vacinação, o Maranhão ficará sem a perspectiva de ganhos potenciais para a pecuária no estado. A elaboração deste estudo será de suma importância para dialogarmos com os diversos atores envolvidos no contexto agropecuário e, dessa forma, todos juntos, podemos avançar nas conquistas que trarão mais visibilidade, mais qualidade e mais negócios ao Maranhão”, explicou a fiscal estadual agropecuária da AGED/MA, Margarida Prazeres.

Segundo Margarida Prazeres, o estudo de impacto visa demonstrar ao produtor a importância que a vacina teve para erradicar a febre aftosa. “Temos a segurança para retirar a vacina, substituindo por outros mecanismos de vigilância fazendo com que o patrimônio agropecuário do estado se mantenha seguro”, afirmou. 

“Tendo em vista a importância da bovinocultura para o mercado consumidor estadual, assim como outros mercados nacionais e internacionais, o estudo tem como principal objetivo mostrar o funcionamento da atividade pecuária, além de analisar como os agentes econômicos envolvidos no setor absorveriam as externalidades produzidas com a transição da pecuária maranhense de zona livre de aftosa com vacinação para zona livre sem vacinação. Dessa forma, estudos relacionados à condição sanitária dos rebanhos tornam-se fundamentais para essa atividade continuar a se desenvolver no território e alcançar mercados externos mais exigentes”, esclareceu Rafael Silva, técnico da Diretoria de Estudos e Pesquisas do IMESC.

Durante a reunião, definiu-se o período de levantamentos de dados e informações para elaboração do estudo, cuja previsão de divulgação pública está marcada ainda para esse semestre.