Ações do Governo evitam transmissão da variante Delta no Maranhão
As medidas preventivas do Governo do Estado têm contido a transmissão da variante Delta no Maranhão. Mesmo com a confirmação de oito casos importados da variante, não há circulação da Delta em território maranhense. O caso mais recente é do paciente filipino, tripulante do navio Sagittarius, que esteve fundeado na costa maranhense. O sequenciamento da amostra do paciente foi realizado no Instituto Evandro Chagas (IEC), no estado do Pará.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (LACEN-MA) e as Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica, tem atuado em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no monitoramento dos casos suspeitos de contaminação pela variante Delta.
“Fizemos o rastreio de todos os contatos e mais uma vez foi descartada a transmissão local da Delta no Maranhão. Isso demonstra o quão eficaz tem sido o trabalho das nossas equipes de vigilância. O Governo não tem medido esforços para enfrentar a pandemia da Covid-19 e, com esse empenho, conseguimos evitar uma nova onda de casos e salvar muitas vidas, enquanto avançamos na vacinação”, ressalta o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.
A partir da detecção da Covid-19 no tripulante do navio Sagittarius, a amostra foi encaminhada para sequenciamento genômico para a confirmação ou descarte da contaminação por variantes. Enquanto isso, as vigilâncias realizaram o rastreio e o monitoramento das pessoas que tiveram contato com o paciente. No caso do filipino, já se encerrou o período de monitoramento dos contatos e o período de quarentena dos tripulantes do navio, que já foi liberado pela Anvisa para seguir viagem.
O paciente filipino foi o único a apresentar resultado positivo para a Delta. O estrangeiro continua internado em estado grave, porém estável, no hospital particular, em São Luís, sendo acompanhado pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância da Saúde (CIEVS).
Dentre as ações de vigilância executadas pelo Governo, desde 26 de maio, o decreto estadual n° 36.758 determinou que empresas de navegação/armadores no que tange o desembarque, no território do Estado do Maranhão, deverão informar previamente à SES, à Anvisa e ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) a situação de saúde dos tripulantes. A determinação também alcança os estabelecimentos de hospedagem do Maranhão, que são obrigados a informar o ingresso de estrangeiros ou brasileiros oriundos do exterior.
Para além do monitoramento dos casos suspeitos da variante Delta, a SES segue fortalecendo as ações de vigilância e atuando, em parceria com os municípios, para acelerar a vacinação contra a Covid-19 no estado.
Histórico da Delta
No Maranhão, todos os casos da Delta são importados. A variante foi primeiramente identificada, no dia 20 de maio, em seis tripulantes estrangeiros do navio “MV SHANDONG DA ZHI”. Cinco estão recuperados e um caso de óbito.
No dia 8 de julho, o sétimo caso foi identificado em uma jovem brasileira, residente na Espanha, que realizou testagem antes de entrar no país e ao chegar, mantendo quarentena. A paciente se recuperou.
O tripulante filipino é o oitavo caso confirmado do Maranhão.
Sequenciamento Genômico
O Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (LACEN/MA) se prepara para iniciar o sequenciamento genômico das amostras e reduzir o tempo para resultado das variantes dos casos confirmados da Covid-19. A partir de outubro, o estado estará habilitado para fazer as análises.
Até julho, o LACEN/MA já havia mandado mais de 500 amostras para sequenciamento genômico. O envio é periódico e segue um quantitativo amostral obedecendo critérios pré-estabelecidos aos laboratórios, independente se o paciente positivo esteve ou não em solo estrangeiro. O objetivo é rastrear as variantes da Covid-19, bem como identificar novas mutações do vírus no Maranhão.