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Saúde

A obesidade é um dos principais fatores de risco para várias doenças

Elvis Tavares, estudante de odontologia, já chegou a pesar 140 kg, ele foi classificado com obesidade 3 e já estava sentindo os efeitos do sobrepeso no corpo.

“Percebi que o excesso de peso estava afetando a minha saúde quando eu notei que estava ficando cansado do nada, sem motivo, minha pressão oscilava descontroladamente, ficava sem sono, mal estar o tempo todo, estressado e com muita ansiedade” conta Elvis, era um dos mais de 96 milhões de brasileiros classificadas com excesso de peso, segundo dados da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2019.

A obesidade é uma doença crônica, progressiva e recidivante, que representa um grande desafio para a saúde pública, já que pode causar, agravar ou acelerar o desenvolvimento de inúmeras doenças, afetando qualquer órgão ou sistema, envolvendo todas as especialidades médicas.

Segundo explica a nutricionista funcional, ortomolecular e médica naturopata, Isis Vidal, os casos de obesidade no mundo aumentaram consideravelmente. “As taxas de obesidade quase triplicaram desde 1975 e aumentaram quase cinco vezes entre crianças e adolescentes. Afeta pessoas de todas as idades e de todos os grupos sociais nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, alcançando 650 milhões de pessoas em todo o mundo”, avalia Isis Vidal.

Apesar de grande parte da população se preocupar mais com a estética e padrão de corpo perfeito, o sobrepeso é responsável por diversos problemas físicos, dentre eles: a diminuição da expectativa de vida, hipertensão arterial, diabetes, asma, apneia do sono, infertilidade, entre outros

A nutricionista ainda alerta que a obesidade pode aumentar os riscos de doenças graves. “A obesidade é um dos principais fatores de risco para várias doenças não transmissíveis (DNTs), como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão, acidente vascular cerebral e várias formas de câncer”.

A psicóloga e professora do Centro Universitário Estácio São Luís, Yram Miranda, lembra que a compulsão alimentar costuma ser acompanhada de problemas com a saúde mental. “A compulsão por comida pode estar ligada a transtornos de ansiedade e humor, podendo gerar depressão e transtorno bipolar. Na teoria, toda pessoa tem a capacidade de autorregular-se, evitando as tentações, mas também a habilidade de desconsiderar a razão e se deixar levar pelos impulsos”, explica a psicóloga.

O caminho do emagrecimento

Um planejamento eficaz de emagrecimento deve ser pensado com ferramentas capazes de estimular a motivação e a melhor forma de evitar a autossabotagem. O monitoramento pessoal e o tratamento com uma equipe multiprofissional são opções para reforçar a autoeficácia, aquela sensação de que se é capaz de enfrentar desafios.

A mudança de estilo de vida é um dos passos fundamentais para combater a obesidade, além de contribuir com o aumento do gasto energético diário. Nessa corrida contra a balança, a nutrição ortomolecular atua com eficácia. “Por meio da suplementação alimentar que faz com que as pessoas se sintam saciadas, dá ao organismo o que ele precisa para entrar em equilíbrio e como resultado o corpo se livra do excesso de peso”, revela a médica naturopata, Isis Vidal.

Aliada ao acompanhamento nutricional, a atividade física tem importantes efeitos metabólicos e anti-inflamatórios. Proporciona um gasto calórico elevado e melhora a composição corporal. Para o professor de Educação Física da Estácio, Rafael Furtado, para pessoas obesas o exercício físico precisa ser bem orientado.

“Para prevenir o aumento de peso ou ganho de peso em pessoas com obesidade, recomenda-se 60 a 90 minutos por dia de atividade física moderada ou 35 minutos/dia de exercícios vigorosos para evitar lesões. Aos poucos a duração do treino vai aumentando, sempre com acompanhamento de um profissional da área”, alerta o educador físico.

Juntos, a atividade física e a reeducação alimentar fazem parte do processo de mudança de hábitos do Elvis. “Depois que procurei ajuda da nutricionista, mudou radicalmente a forma como me alimento. Eu comia descontroladamente, aí ela indicou frutas e saladas, pouca carne, hoje só como carne de frango e faço uma hora de caminhada, abdominais, flexão, já perdi 21 kg. Hoje em dia minha saúde está boa, tomo remédios naturais, me alimentando melhor, não tenho mais aquela vontade de comer tudo, toda hora. Tenho mais saúde e qualidade de vida”, comemora Elvis.