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Instituto Evandro Chagas descarta presença da variante B.1.617 nas amostras encaminhadas pelos estados do Maranhão e Pará

O Instituto Evandro Chagas (IEC), órgão ligado a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), descartou a presença da linhagem B.1.617 do SARS-CoV-2, em quatro casos suspeitos, sendo dois do município de Primavera no Estado do Pará, e duas provenientes de contactantes de pacientes do Navio MV Shandong da Zhi ancorado próximo a São Luís, no Estado do Maranhão.

O trabalho de investigação envolveu a realização do sequenciamento genômico das cepas de SARS-CoV-2 presentes nas amostras. Este trabalho de vigilância genômica é atribuição do Laboratório de Vírus Respiratórios da Seção de Virologia do IEC, como Centro Nacional de Influenza (NIC- National Influenza Center em inglês) da Organização Mundial de Saúde (OMS).

No que se refere às amostras do Maranhão, o Laboratório Central de Saúde Pública do estado (LACEN/MA) encaminhou no dia 23 de maio ao IEC, amostras de dois indivíduos que tiveram suas amostras detectáveis para SARS-CoV-2 e que tinham histórico de contato com o caso que se apresentou positivo para a variante B.1.617.2.

Já em relação às amostras do Pará, o Laboratório Central de Saúde Pública do estado (LACEN/PA)  encaminhou no dia 22 de maio ao IEC, amostras de dois indivíduos que testaram positivo para COVID-19 e que relataram o contato indireto com  a tripulação do Navio MV Shandong da Zhi. Entretanto no dia 26 de maio a Secretaria de Estado de Saúde do Pará descartou o contato dos indivíduos com pessoas que haviam apresentado resultado positivo para a variante B.1.617.2. Todavia como as análises das amostras já haviam sido iniciadas, o IEC seguiu realizando o trabalho de investigação genômica.

Assim, de acordo com trabalho de investigação realizado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios da Seção de Virologia do IEC, os resultados obtidos permitiram identificar a ocorrência da linhagem P.1 do SARS-CoV-2 em todos os quatro casos analisados. Esta variante de preocupação tem sido a cepa predominante no Brasil e responsável pelo elevado número de casos de COVID-19 registrados em meses recentes em todo o território nacional.

Cabe informar que no momento o IEC não está investigando amostras relacionadas a variante B.1.617.2 , porém a instituição alerta para a necessidade de adesão as medidas de restrição e vacinação, para que seja evitada a emergência e disseminação de novas cepas: “face à emergência e disseminação de variantes de SARS-CoV-2 com potencial de maior transmissibilidade e fuga à resposta de anticorpos neutralizantes adquiridos por infecção prévia ou vacinação, torna-se imperativo o constante monitoramento das cepas circulantes, bem como a aplicação imediata das ações restritivas, como as que foram ora utilizadas, contribuindo assim para a contenção oportuna da disseminação de variantes.” Conclui a nota emitida no dia 27 de maio.