Sabemos que todos os anos o Ministério da Educação (MEC) abre as portas do ensino superior, público e gratuito por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU). É por meio dele que jovens e adultos de todo país têm a oportunidade de se candidatarem a tão sonhada vaga na universidade ou no instituto federal. Porém, o que muita gente não sabe é a operação por trás desse compromisso social: após ser migrada, a plataforma é operada na nuvem. A tecnologia aplicada oferta uma série de benefícios.

Mas, por que na nuvem? Durante poucos dias no ano, no período de inscrições, o SiSU recebe alto volume de acessos simultâneos. Para suportar a demanda que cresce rapidamente, em tempo real, é necessária uma infraestrutura elástica, escalável, estável, ágil e segura, que possa ser expandida conforme demanda. Assim, mais usuários se inscrevem ao mesmo tempo, com menor risco de indisponibilidades, com mais rapidez. Esses foram os benefícios conquistados com a migração do SiSU para a nuvem pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), em 2020. Desde então, o MEC conta com o apoio da RNP, que opera o SiSU em ambiente de nuvem.

Na primeira edição deste ano, em abril, apenas no primeiro dia de seleção, foram computadas 1.415.563 inscrições, o maior número neste recorte de tempo, entre todas as edições anteriores. Ao fim do período de inscrições, foram computadas 2.413.686 inscrições feitas por 1.250.095 inscritos. Vale destacar que os benefícios da solução tecnológica se estenderam para além da experiência dos estudantes: chegaram aos cofres públicos. Na nuvem, milhões de reais foram economizados. A projeção é que, até 2024, 22 milhões de reais sejam poupados graças à migração do serviço para a nuvem. 

“Desde a primeira edição de 2020, o SiSU foi migrado para a nuvem, onde passou a contar com uma infraestrutura resiliente, elástica, escalável, estável, ágil e segura, características fundamentais para o atendimento à demanda crítica recebida durante os todos os dias de inscrições, quando mais de um milhão de alunos acessam o ambiente, e em vários momentos com picos de acessos simultâneos, pleiteando uma vaga no ensino superior gratuito e de qualidade. Nesta primeira edição de 2021, o ambiente disponibilizado, sendo gerido, operado e monitorado em tempo real, foi mais uma vez fundamental para que fossem batidos todos os recordes de inscrições realizadas durante o primeiro dia, com mais de 1,4 milhão realizadas. Mesmo com necessidade de ajustes durante a sua execução, esse tipo de arquitetura em nuvem e uma equipe altamente qualificada viabilizam o atingimento da política nacional de ensino superior, com impactos diretos na qualidade da plataforma disponibilizada para milhões de estudantes brasileiros”, explica o diretor de Serviços e Soluções da RNP, Antônio Carlos F. Nunes.       

Diante deste contexto, o que acha de falarmos sobre os benefícios da migração do SISU para a nuvem? 

Para falar sobre os desafios técnicos por trás de tamanho instrumento da educação superior,  Antônio Carlos F. Nunes, diretor de serviços e soluções da RNP, está à disposição para entrevistas.