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Prefeitura de São Luís realiza live sobre prática pedagógica inclusiva

O cenário da pandemia provocada pelo coronavírus trouxe muitos desafios para a área de educação, principalmente no que diz respeito à continuidade das atividades voltadas para os estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Nesta quinta-feira (8), a Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), realizará a live com o tema “O ensino colaborativo e a prática pedagógica inclusiva ao estudante com TEA”, às 16h, com transmissão pelo canal da Semed no Youtube. 

Também durante a live será lançado um e-book com orientações para uma prática pedagógica não presencial, que será um documento orientador para pais e professores sobre o ensino remoto para crianças autistas. 

A atividade, ligada à Superintendência da Educação Especial Área da (SAEE/Semed), será mediada pela psicopedagoga, mestra em Educação e especialista em Educação Inclusiva, Andréa Pereira e terá a participação da mestra em Educação e coordenadora do Projeto de Intervenção Pedagógica para Estudantes com Transtorno de Espectro Autista (PROJETEA), Maisa Cunha Pinto; e da pedagoga, psicopedagoga e especialista em educação inclusiva, Maíra Aragão, que atua na SAEE/Semed. 

Além de discutir a temática central, também serão apresentadas as novas ações do PROJETEA, iniciativa que tem como objetivo desenvolver estratégias pedagógicas para a inclusão escolar, permanência na escola e aprendizagem significativa de estudantes com TEA matriculados na rede municipal de ensino de São Luís. Entre as novidades, está a implementação do projeto piloto para pesquisa e intervenções nas Unidades de Educação Básica (U.E.Bs.) de educação infantil dos núcleos Centro e Cidade Operária, com perspectivas de expansão aos outros núcleos nos anos seguintes.

Sobre o PROJETEA

O PROJETEA é coordenado pela Superintendência da Área da Educação Especial (SAEE/Semed). De acordo com a coordenadora, Maisa Cunha Pinto, a iniciativa reunirá um conjunto de ações que beneficiará mais de 800 estudantes que estão no espectro autista. 

“Trabalhar com estudantes autistas nos coloca numa posição desafiadora, de buscar formas criativas e efetivas de inclusão desse público. Por isso, nesse projeto, estamos reunindo ações colaborativas e inovadoras para sensibilizar toda a rede, envolvendo toda a comunidade escolar, para que juntos possamos causar um impacto positivo e efetivar o processo de ensino e aprendizagem com qualidade dos nossos alunos com TEA”, explicou Maisa Pinto. 

O superintendente da Área de Educação Especial da Semed, Alexandrey Melo, destacou também a importância do trabalho coletivo e da parceria das famílias para que as ações tenham resultados positivos.“O trabalho colaborativo pressupõe que profissionais que atuam na educação sejam parceiros equivalentes e estejam engajados num processo de tomada de decisões por um objetivo comum. Assim como a família, que também precisa estar engajada e conectada com os objetivos propostos pelo projeto. Neste propósito seguiremos confiantes de que, com responsabilização mútua dos sujeitos da escola, as ações direcionadas aos nossos estudantes certamente trarão excelentes resultados”, declarou Alexandrey Melo. 

A coordenadora do projeto, Maisa Pinto, destaca que a educação inclusiva ainda encontra muitos desafios para sua efetivação. “Temos muitos desafios para enfrentar diariamente e o maior deles são barreiras atitudinais envolvendo comportamentos preconceituosos que impedem o acesso dos estudantes com TEA, que impõe dificuldades de relacionamento e convívio, que não reconhecem o potencial desses alunos para aprender e desenvolver habilidades e competências. É preciso romper essas barreiras e dar oportunidade para que eles se desenvolvam plenamente e se coloquem como cidadãos de direitos que de fato são”, afirmou.