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SES inicia treinamento de profissionais para uso dos capacetes Elmos no combate à pandemia no Maranhão

O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), iniciou, nesta terça-feira (23), o treinamento para utilização do capacete de respiração assistida não invasiva Elmo, no Hospital de Cuidados Intensivos (HCI), em São Luís. O tratamento com o capacete é indicado para pacientes adultos com Covid-19 com insuficiência respiratória de leve a moderada.

O Maranhão recebeu 50 unidades do equipamento, que promove uma pressão positiva contínua nas vias aéreas. Criado no estado do Ceará, o dispositivo reduz em até 60% a necessidade de internação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A chefe do Departamento da Qualidade e Projetos Especiais de Saúde, da Secretaria Adjunta de Assistência à Saúde da SES, Anna Cindy Araújo Leite, relatou que o Governo do Maranhão tem investido em capacitação e recursos na perspectiva de melhora do atendimento de pacientes vítimas da Covid 19. 

“Conseguimos essa aquisição de 50 unidades, que estamos distribuindo para todas as unidades da rede de saúde pública do Estado que têm UTI. Essas unidades vão receber o equipamento”, explicou Anna Cindy.

Uma das unidades será o próprio HCI, referência no atendimento à Covid-19 e é administrado pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh). “Estamos buscando cada vez mais qualidade na assistência e sempre qualificar os profissionais. Utilizando esse capacete da forma correta vamos diminuir as internações e dar mais folga nas nossas UTIs e, por consequência, fornecer melhor atendimento para a população”, garantiu Marcus Grangeiro, diretor clínico do HCI.

O médico intensivista Arthur Jucá Moreira, juntamente com outros profissionais do HCI, fez o treinamento no Ceará e foi o facilitador do curso em São Luís. “É uma parceria do Governo do Maranhão com o Governo do Ceará, que fez a doação dos equipamentos e enviou as profissionais de saúde para capacitação. Nosso objetivo é treinar 100 profissionais tanto da capital como do interior e usar esse dispositivo da maneira mais eficaz possível, já que sabemos que os leitos de UTI são recursos finitos e o equipamento ajuda muito no maior aporte de oxigênio para o pulmão”, disse o médico. 

Entre os profissionais de saúde que participaram do treinamento teórico-prático estavam médicos e fisioterapeutas de várias unidades de saúde da capital, entre eles: Hospital Genésio Rego, HCI, Hospital Carlos Macieira, Hospital Dr. Raimundo Lima, Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão, Hospital Aquiles Lisboa e Hospital de Câncer. 

Profissionais de saúde do interior do Estado também participarão nos próximos dias do treinamento. A capacitação ofereceu orientações sobre o dispositivo, as peças componentes, habilidades na montagem, testagem de vazamento e utilização, sob a orientação das profissionais de saúde do Estado do Ceará, a fisioterapeuta Lídice Holanda e a enfermeira Rebeca Bandeira. 

“É muito interessante compartilhar para outros estados uma tecnologia desenvolvida no Ceará. O Elmo representa uma agilidade no tratamento desse paciente, que tem alta mais rápido, o que demanda uma menor necessidade de UTI. O Elmo reduz em até 60% a necessidade de internação UTI. Esse paciente pode ser tratado em nível de enfermaria. Temos tido resultados positivos maravilhosos no Ceará, no Amazonas e outros estados. Isso ajuda muito nesse momento crítico porque demanda menos equipamento, tem baixo custo, não precisa de energia e de utilização muito prática”, explicou a fisioterapeuta cearense Lídice Holanda. 

Elmo

O capacete funciona oferecendo uma pressão positiva contínua nas vias aéreas ao mesmo tempo em que oferta uma quantidade de oxigênio em níveis elevados. Dessa forma, o quadro de melhora muitas vezes pode ser observado após 15 minutos, pode ser utilizado fora de leitos de UTI, desinfetado e reutilizado. 

O dispositivo tem tamanhos que vão do PP ao GG e é composto de três componentes: uma argola rígida, por onde entram os tubos com provimento de oxigênio; uma base flexível de látex ou silicone, que se ajusta ao pescoço do paciente; e uma coifa de PVC, que é o capacete propriamente dito, montado sobre os outros dois componentes.