Polícia Rodoviária Federal (PRF) concluiu a capacitação de todos os agentes que atuam no Maranhão para o uso do Taser 10, dispositivo de condução elétrica (DCE) que representa o que há de mais moderno em tecnologia não letal no país. A iniciativa reforça o compromisso da instituição com a segurança nas abordagens e com a preservação da vida de policiais e cidadãos.

O Taser 10 permite múltiplos disparos por cartucho e possui alcance de até 13,7 metros, possibilitando atuação em ocorrências de maior complexidade sem a necessidade do emprego imediato de força letal. O equipamento amplia a capacidade de resposta dos policiais e contribui para reduzir riscos durante as ações. Já em uso por outras unidades da PRF no Brasil, o Taser 10 agora integra também as atividades de policiamento no Maranhão, com os agentes devidamente capacitados para sua aplicação segura e estratégica.

Formação do efetivo

A capacitação foi realizada em três etapas: instrução teórica a distância (EAD), instrução presencial e treinamento prático. No formato EAD, os policiais estudaram conteúdos técnicos sobre funcionamento do equipamento, legislação, protocolos de uso e estratégias de abordagem segura.

A etapa presencial aprofundou aspectos práticos e estratégicos, preparando os policiais para tomar decisões adequadas em diferentes cenários. Já no treinamento prático, os agentes aplicaram os conhecimentos em simulações, adquirindo familiaridade e segurança no manuseio do equipamento.

O curso também reforçou princípios do uso diferenciado da força, como a aplicação gradual e proporcional em cada situação. Nesse contexto, o Taser 10 amplia o leque de alternativas disponíveis, permitindo que os policiais atuem de forma escalonada e evitando o uso imediato de armas letais quando houver outras opções eficazes.

De acordo com o chefe de Operações da PRF no Maranhão (SEOP-MA) e um dos instrutores do curso, PRF Américo Jovino, a chegada do novo equipamento representa um reforço importante para a atividade policial nas rodovias:

“O Taser 10 traz uma segurança a mais para nossos policiais. Ele pode ser usado de forma complementar ao armamento letal, permitindo que a força seja aplicada de maneira escalonada e proporcional às situações. O treinamento garante que cada policial saiba utilizar o equipamento de forma segura e estratégica, protegendo tanto os profissionais quanto os cidadãos.”

Na mesma linha, o PRF Alexandre José, também instrutor, destacou que o dispositivo amplia as possibilidades de atuação em campo:

“O Taser 10 oferece aos policiais uma opção de emprego antes ou em conjunto com o armamento letal, ajudando a tornar as abordagens mais seguras e controladas. A capacitação prepara os agentes para agir de forma responsável, priorizando a preservação da vida e a segurança de todos os envolvidos.”Instrução de uso do Taser 10 – PRF Alexandre José

Modernização e impacto na segurança pública

A adoção do Taser 10 reforça o histórico de pioneirismo da PRF no uso de dispositivos de condução elétrica, iniciado em 2007 nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Desde então, a instituição investe continuamente na atualização de equipamentos, armamentos, uniformes e viaturas, mantendo a inovação tecnológica como prioridade.

Com a qualificação do efetivo que atua no Maranhão, a PRF amplia a eficiência das ações operacionais e fortalece a proteção de quem atua nas rodovias, ao mesmo tempo em que contribui para a preservação da vida e a segurança da população. A incorporação do Taser 10 demonstra o compromisso da instituição em equilibrar modernização tecnológica e responsabilidade no uso da força.

Como o Taser 10 auxilia no trabalho policial

O Taser 10, como um dispositivo de condução elétrica (DCE), permite aos policiais incapacitar temporariamente indivíduos em situações de risco, atuando diretamente no sistema neuromuscular. Ao gerar contrações musculares involuntárias, o equipamento possibilita que os agentes neutralizem ameaças de forma controlada, sem recorrer ao uso de força letal. A corrente elétrica liberada não representa risco à vida e a aplicação correta do dispositivo minimiza danos, tornando as abordagens mais seguras tanto para policiais quanto para cidadãos.

Além disso, o dispositivo contribui para a aplicação do uso diferenciado da força, permitindo respostas graduais e proporcionais em diferentes cenários. A ferramenta aumenta a segurança dos agentes, reduz a exposição a riscos e reforça a preservação da vida, alinhando-se ao compromisso da PRF com modernização tecnológica e atuação responsável no policiamento.