Há treze anos, o residente jurídico do Ministério Público de São Luís, Maranhão, Hélio Araújo, teve a sua vida transformada. Após ficar paraplégico, ele enfrentou muitos desafios, mas manteve-se focado em busca de novas conquistas. Recentemente, o servidor público celebrou uma promoção no trabalho. Foi mais um bom motivo para enfrentar e superar os desafios futuros. Essas e outras histórias de vida e de superação de Pessoas com Deficiência (PcDs) serão contadas no Incluir, novo quadro do telejornal JTV UFMA.

Primeiro telejornal do Maranhão a incluir intérprete de Libras e pioneiro na transmissão local de conteúdos jornalísticos em sintonia com a Política Nacional de Acessibilidade, o JTV UFMA novamente faz história. As reportagens quinzenais serão apresentadas pelo repórter Ricardo Miranda, bolsista da TV UFMA e PcD. Produzido e exibido desde 2021, o telejornal diário apresentará, neste semestre, uma série inédita e exclusiva com matérias especiais sobre temas relacionados ao universo de PcD, focando os novos avanços, os desafios para a inclusão no país e as lutas diárias por mais acessibilidade.

As reportagens alertarão sobre a necessidade de adaptação de espaços físicos, a adequação de linguagem, a adoção de tecnologias e inclusão no mercado de trabalho. Para o coordenador de Jornalismo da TV UFMA, o jornalista Fábio Cabral, “é preciso garantir mais acessibilidade e assegurar às pessoas com deficiência o acesso, em igualdade de oportunidades, ao meio físico, ao transporte, à informação e comunicação, inclusive aos sistemas e tecnologias da informação e comunicação, bem como a outros serviços e instalações de uso público”, concluiu o coordenador.

Dez anos da Lei Brasileira de Inclusão (LBI)

No Brasil, são mais de 18,6 milhões de pessoas com deficiência, o que corresponde a 8,9% da população com dois anos ou mais de idade no país (Censo 2022). Com imagens de Edu Santos, e edição de Miguel Chaves, a primeira reportagem do Incluir abordará os dez anos da Lei Brasileira de Inclusão (LBI). O repórter Ricardo Miranda destacou que, “em todas as reportagens dessa série especial, a pessoa com deficiência será protagonista. É ela quem vai falar sobre suas experiências e ser a porta-voz da sua própria história”, observou o repórter.

Outro diferencial do Incluir é que o próprio repórter também será personagem da notícia. “Estarei à frente como repórter e pessoa com deficiência física. Vivencio muitos desses temas no meu dia a dia. Agora, vou poder conhecer mais sobre a realidade que outras PcDs vivenciam e ampliar os meus conhecimentos sobre os temas. Esse trabalho visa ainda levar ao Poder Público e à sociedade a realidade das PcDs e garantir melhores condições e soluções coletivas. Essa é a nossa missão”, concluiu o repórter.