De um carro rudimentar de Fórmula 1 ao 4º lugar geral na F1 in Schools no Brasil
Além de estar entre as quatro melhores equipes de F1 in Schools do país, as escuderias do SESI Maranhão vêm colecionando troféus em áreas como ‘Projeto Social’. Nos últimos cinco anos, quando começaram a competir, os estudantes vêm adquirindo mais conhecimentos em áreas como engenharia, marketing, sustentabilidade, design gráfico e uso de inteligência artificial. No período de 12 a 15 de março, quatro equipes da Escola SESI São Luís irão representar o Maranhão no Festival SESI de Educação, em Brasília.
O coordenador nacional da F1 in Schools, Waldemar Battaglia, esteve no mês passado no Torneio SESI de Robótica Regional Maranhão, realizado em São Luís, e falou sobre a evolução das equipes locais. “O primeiro carro que o SESI Maranhão enviou para o torneio era cortado com estilete, na mão, parecia o carro do Fred Flintstone”, brincou Battaglia. “No último nacional, o Maranhão já ficou em quarto lugar, com carros robustos e equipes que evoluíram muito.” Essa transformação é um reflexo do empenho e da dedicação dos alunos, que têm se aprofundado em conhecimentos de engenharia, marketing e sustentabilidade.
A competição com os carrinhos que remetem à Fórmula 1 não se resume apenas à velocidade. Os estudantes precisam aplicar uma variedade de recursos tecnológicos para projetar, modelar e testar seus protótipos. Além disso, eles devem desenvolver um plano de negócios, estratégias de marketing e até mesmo um projeto social, que pode ser utilizado como critério de desempate. “Os juízes já estão reportando que o nível subiu e vai ser difícil escolher o campeão este ano”, afirma Battaglia, destacando a qualidade das apresentações e portfólios das equipes.
O impacto da F1 in Schools vai além da competição. Battaglia acredita que a experiência adquirida pelos alunos pode abrir portas no mercado de trabalho. “Hoje, já temos feedback de indústrias e vários exemplos de alunos que foram contratados na primeira entrevista”, diz ele. Os estudantes estão se destacando por suas habilidades em design gráfico, CAD e até mesmo no uso de inteligência artificial para projetar seus carros’, acrescentou.
FUTURO PROMISSOR – Para ele, o Maranhão precisa pensar em políticas públicas que ofereçam oportunidades. Ele cita exemplos de países que investiram em educação e tecnologia para se desenvolver. “Talvez uma saída para o Maranhão seja se tornar um estado mais voltado para a tecnologia”, sugeriu.
A F1 in Schools é um programa que desafia jovens de 9 a 19 anos a criar suas próprias escuderias e competir em uma pista de corrida em miniatura. Desde sua criação, em 2019, a competição tem se mostrado uma plataforma inovadora para o desenvolvimento de habilidades técnicas e empresariais e os alunos maranhenses têm demonstrado um crescimento notável ao longo dos anos.
Em 2023, por exemplo, as equipes Graffeno, da Escola SESI Imperatriz, e Ragnar, da Escola SESI São Luís, trouxeram prêmios para o Maranhão na F1 in Schools. A Graffeno passou pela competição com excelentes resultados, ocupando o 3º lugar na fase de mata-mata e ainda recebeu o prêmio de ‘Pensamento Criativo’. Já a Ragnar, conquistou três prêmios no Festival de Robótica, sendo eles: ‘Identidade Visual’; ‘Mídias Digitais’ e ‘Projeto Social’. A equipe teve o melhor desempenho individual na história do SESI Maranhão nessa modalidade, obtendo o tricampeonato no prêmio de ‘Projeto Social’. Em 2024, a equipe Spartacus ficou com o prêmio de melhor “Projeto Social’.
Nesta temporada, o SESI Maranhão compete com quatro equipes: Pugnator, Spartacus, Ragnar e Lipima. As escuderias se enfrentam de 12 a 15 de março, em Brasília, no Festival SESI de Educação. Cauê Santana, 18, da Spartacus, disse que a expectativa está bem alta para esta temporada. “Conseguimos o 4º lugar geral entre 52 equipes de todo o Brasil e este ano estamos focados para conquistar o primeiro lugar geral”, antecipou o estudante da Escola SESI São Luís.