O Laboratório Lacmar reafirmou seu compromisso com um ambiente de trabalho seguro e respeitoso ao promover palestras sobre assédio moral e sexual no ambiente laboral.

O evento reuniu colaboradores de diversas áreas da empresa para debater conceitos fundamentais, conhecer a legislação vigente e aprender formas de prevenção e combate a essas práticas abusivas. Vale lembrar que o Tribunal Superior do Trabalho registra, por dia, uma média de 220 novos processos de assédio moral ou sexual. O que demonstra a importância de iniciativas como essa, de letramento do staff do Lacmar sobre o tema.

O evento faz parte de uma estratégia mais ampla do Lacmar para garantir um espaço corporativo ético, acolhedor e livre de discriminação. “Precisamos fortalecer uma cultura organizacional pautada pelo respeito e pela equidade, onde todos se sintam seguros para denunciar qualquer situação de assédio”, destacou Hallana Lima, analista de Recursos Humanos da empresa, que conduziu a primeira palestra do encontro.

Assédio no trabalho: da Legislação à Conscientização na Prática

O evento contou ainda com a participação da advogada Camila Pedrosa, especialista em Direito Penal e Processo Penal, que trouxe uma abordagem jurídica sobre o tema.

Com uma carreira voltada para a defesa dos direitos humanos, Camila atualmente atua como Supervisora de Protagonismo Estudantil na Secretaria de Estado da Educação. Em sua apresentação, detalhou as leis que protegem as vítimas e os procedimentos jurídicos cabíveis para responsabilizar os assediadores.

Segundo o Código Penal brasileiro, artigo 216 – A é crime com pena de detenção de 1 a 2 anos (Lei No. 10.224/2001) e considerado assédio sexual os seguintes atos: Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.

A especialista Camila Pedrosa também ressaltou que o assédio sexual e moral são violações graves à dignidade dos trabalhadores e podem ocorrer de diversas formas:

• Assédio moral: Humilhações e xingamentos, críticas constantes, isolamento profissional e imposição de tarefas desproporcionais; metas ou cobranças abusivas.

• Assédio sexual: Insinuações, piadas de cunho sexual, toques indesejados, mensagens inapropriadas e chantagem com conotação sexual.

“A legislação brasileira prevê punições severas para essas práticas, e a conscientização dentro das empresas é essencial para que vítimas se sintam encorajadas a denunciar”, afirmou Camila.

Como prevenir o assédio no ambiente corporativo

Durante a palestra, foram compartilhadas medidas que podem ser adotadas para criar um ambiente de trabalho seguro e respeitoso. Algumas das principais diretrizes apresentadas incluem:

✔️ Implementação de políticas internas claras – As empresas devem estabelecer normas objetivas contra o assédio, deixando explícitas as consequências para quem praticá-lo.

✔️ Capacitação contínua dos colaboradores – Treinamentos regulares ajudam a educar os funcionários sobre o que caracteriza assédio e como preveni-lo.

✔️ Canais seguros de denúncia – Criar mecanismos de escuta ativa e confidencialidade para que vítimas possam relatar situações sem medo de represálias.

✔️ Postura ativa das lideranças – Gestores devem ser exemplo de respeito e agir imediatamente diante de qualquer suspeita ou denúncia de assédio.

✔️ Apoio jurídico e psicológico às vítimas – Garantir suporte a quem passou por situações de abuso, facilitando o acolhimento e as providências legais.

A realização do evento reforça o compromisso do Lacmar com a promoção de um ambiente de trabalho ético e inclusivo. Ações como essa não apenas protegem os colaboradores, mas também contribuem para a construção de uma sociedade menos machista e mais igualitária.

“A cultura organizacional precisa ser continuamente aperfeiçoada. Quanto mais falamos sobre o tema, mais conseguimos mudar comportamentos e evitar que o assédio se perpetue”, ressaltou a palestrante Camila Pedrosa.

Para o Lacmar, o combate ao assédio não se limita a eventos pontuais, mas faz parte de uma agenda permanente de responsabilidade corporativa. Com a conscientização e o compromisso de todos, a empresa segue avançando para garantir um espaço de trabalho cada vez mais seguro, respeitoso e livre de abusos.