Alcione, Viviane Batidão e Oh Polêmico são recebidos com muita alegria e aplausos na Cidade do Carnaval
A voz de ouro do samba brasileiro fez a diferença no segundo dia de folia no circuito de Carnaval organizado pela Prefeitura de São Luís no Centro Histórico, no Sábado Gordo (1º). A maranhense Alcione reencontrou seus conterrâneos durante show bastante aplaudido no palco armado na Cidade do Carnaval, ao lado do Terminal de Integração da Praia Grande. Além dela, se apresentaram Viviane Batidão e Oh Polêmico, completando a lista de convidados especiais da segunda noite de folia. A festa continua hoje (2) com as apresentações de Pablo, Thiago Freitas, Mastruz com Leite, Samba de Reis, Jegue Folia, Confraria do Copo e Vagabundos do Jegue.
A Marrom começou a apresentação por volta das 22h, com chuva caindo, e fez os fãs cantarem com ela. A primeira canção foi “De Teresina a São Luís “, de João do Vale. Mas teve, ainda, “Juízo Final”, “Boi de Lágrimas”, “Volta por Cima”, “A Loba”, entre várias outras. A cantora incluiu no repertório marchinhas da banda “Esbandalhada”, que chegou a comandar no Carnaval de rua de São Luís, além de uma homenagem à Tribo de Jah.
“Começar o Carnaval cantando pela minha terra é uma emoção maior ainda. Depois daqui, ainda vou para Recife e Natal, mas primeiro em São Luís, na minha casa, com meus conterrâneos”, disse Alcione, ainda no camarim.
Ela falou sobre a exposição em sua homenagem, pelos seus 50 anos de carreira. A exposição está montada no Centro Cultural Vale Maranhão. “Foi uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida. Eu fui premiada com essa exposição e serei eternamente agradecida”, frisou.
No camarim, a maranhense recebeu o prefeito Eduardo Braide, que relatou o carinho dos conterrâneos e, também, dos artistas escalados para a mesma noite. Ele disse que os artistas queriam se apresentar no mesmo dia de Alcione, para poder ter a oportunidade de encontrá-la. Foi o que aconteceu com Viviane Batidão, que se apresentou com figurino inspirado em uma capa de disco da maranhense produzida nos anos 1980.
Turistas
O prefeito contou que circulou pela Cidade do Carnaval e encontrou muitos turistas. “Inclusive turistas de Salvador, que se dirigiram a mim dizendo que vieram curtir o Carnaval aqui em São Luís, o que para nós é algo muito bom, pois houve um tempo em que todo mundo saia daqui para pular o Carnaval em outras cidades e, agora, estamos presenciando o processo inverso “, disse Eduardo Braide.
Acompanhando o trio que zarpou da cabeceira da Ponte do São Francisco, Luciano Ramada veio do Pará reencontrar amigos maranhenses e ficou para o Carnaval. “Quando vi a programação do Carnaval daqui, desmarquei tudo lá em Belém e decidi ficar. Aqui na Ilha, a festa está maravilhosa e tem muitos lugares para a gente curtir. E hoje, para a minha surpresa, vai ter uma atração da minha terra. Aí o envolvimento é ainda maior”, disse Ramada.
O show de Alcione foi antecedido pelo grupo Samba da Tamarineira, projeto que faz muito sucesso na capital maranhense. Os músicos começaram a cantar ao mesmo tempo em que a chuva caia naquela região da cidade. “Poderia cair granizo que a gente não ia parar. Chuva é sempre uma presença marcante no Carnaval de São Luís, Pode vir, pode chegar”, disse Olival Júnior, cavaquinista e diretor da banda.
Viviane Batidão
A Cidade do Carnaval também recebeu a cantora Viviane Batidão, que presenteou o público com o melhor do tecnomelody. A artista paraense, que pisava pela segunda vez no Maranhão, quer tornar o ritmo cada vez mais conhecido no Brasil e no mundo. No show em São Luís, ela usou figurino em homenagem ao disco de vinil “Nosso nome: Alcione – Resistência”, de 1987.
“Uma honra estar aqui em São Luís pela segunda vez, neste estado que tem muita identificação com o Pará, e hoje vim homenageando a maranhense Alcione, com uma roupa aprovada por ela. Fiz uma pesquisa sobre o figurino para compor esta fantasia a partir da foto da capa do álbum dela”, disse Viviane Batidão.
O Blocão Vamu di Samba encerrou as apresentações do Sábado Gordo no palco. A programação englobou ainda o Circuito Beira-Mar, com os trios elétricos desfilando das imediações da cabeceira da Ponte São Francisco até o perímetro do Terminal de Integração da Praia Grande.
Além do Bloco Mixirico, foram escalados Bloco Samba de Rua e Oh Polêmico, artista que representa a voz da juventude da favela com a mistura da batida do pagotrap com a irreverência do funk. O artista se apresentou sobre trio e agitou com a ajuda de bailarinos, atraindo, principalmente, a nova geração. A festa democrática ainda abriu espaço para um desfile de blocos afros, reunindo mais de dez representantes do segmento.
Transmissão ao vivo
Quem não se dirigiu à Cidade do Carnaval, pôde acompanhar a transmissão da festa pelo canal da Prefeitura de São Luís no YouTube.
Foram transmitidos, simultaneamente, os shows de Alcione, na Cidade do Carnaval, e do cantor Oh Polêmico, na Beira-Mar. Todo o trabalho é realizado por uma equipe de, aproximadamente, 100 pessoas, entre câmeras, diretores de imagem, operadores de drones, analistas de sistema, técnicos de transmissão, produtores, apresentadores, entre outros.
As transmissões dos shows, de artistas locais e nacionais, começam por volta das 19h e seguem até a última atração. Neste domingo (2), tem mais transmissão.