Médica nutróloga explica transformações e benefícios ao retirar o açúcar refinado da dieta
Ele está presente na mesa dos brasileiros de diferentes formas e nem sempre explícita. Dispensável por ser fonte de calorias vazias, que não agregam nutrientes ao organismo, o açúcar é um dos grandes vilões da dieta e da vida saudável. Eliminá-lo completamente não é algo fácil, mas é totalmente possível e se reflete na silhueta e na saúde.
“O açúcar refinado não é bom para a saúde. Abolir este ingrediente da dieta é algo que deve ser feito aos poucos para evitar a síndrome da abstinência e uma possível recaída, mas é algo que todos deveriam fazer”, conta a médica nutróloga dra. Ana Luisa Vilela, da capital paulista.
A abstinência surge de diversas formas, como desejo, insônia, irritação e até dores de cabeça. Isso ocorre porque o açúcar refinado é uma substância tão viciante quanto a cocaína! Um estudo realizado por cientistas da universidade americana de Princeton descobriram, em 2011, que o ingrediente afeta a mesma região ligada ao prazer e bem-estar que a droga, tornando-se fonte de vício para muitas pessoas.
Benefícios em retirar açúcar da dieta:
Há muitos benefícios em tirar o ingrediente da mesa. O principal deles é o emagrecimento. “A falta do açúcar refinado favorece a quebra da gordura, principalmente na região do abdômen. Por isso, as pessoas que não ingerem o ingrediente emagrecem e desenham o corpo com muito mais rapidez e facilidade”, conta a médica.
Outro benefício é afastar o risco de diabetes tipo 2. “Esse tipo de doença crônica é causada pela intolerância do organismo à insulina, que sobrecarrega o pâncreas e pode levar a diversos outros problemas de saúde potencialmente fatais, como doenças cardíacas e falência renal”, diz a Dra. Ana Luisa.
Os dentes também vão ficar mais fortes e claros, porque sofrem menos chances de serem atacados pelas cáries e outros problemas bucais.
O açúcar refinado também favorece processos inflamatórios, como a celulite, e até a fermentação no intestino, que ajuda no aparecimento da candidíase. “O que comemos pode ser remédio ou veneno, dependendo da dose. Vemos que as pessoas têm consumido hoje muito mais calorias do que há 50 anos atrás e como consequência temos doenças que nossos antepassados não tinham”, ensina a médica.
Como começar?
Aos poucos e gradativamente, segundo a Dra. Ana Luisa. Os docinhos do dia a dia podem ser trocados por frutas doces, como manga, uva e caqui, que são ricos em frutose – um açúcar natural e mais saudável -, o cafezinho e o suco podem ser adoçados com adoçantes de stévia, sucralose ou aspartame para não perder a referência do sabor, e até o chocolate ao leite pode ser substituído pela versão amarga, 70% cacau.
“Começar é meio caminho andado. O corpo não vai sentir falta do açúcar porque você vai continuar fornecendo energia para ele por meio dos carboidratos, como pães, batata e arroz – preferencialmente na versão integral. O consumo de açúcar é mais social do que fisiológico”, conclui a médica.
Sobre Dra Ana Luisa Vilela
Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá – MG, especialista pelo Instituto Garrido de Obesidade e Gastroenterologia (Beneficência Portuguesa de São Paulo) e pós graduada em Nutrição Médica pelo Instituto GANEP de Nutrição Humana também na Beneficência Portuguesa de São Paulo e estágio concluído pelo Hospital das Clinicas de São Paulo – HCFMUSP.
Atualmente, dedica-se à frente da sua clínica especializada em emagrecimento, para melhorar a autoestima de seus pacientes com sobrepeso com tratamentos personalizados que aliam beleza e saúde.
@draanaluisavilela