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O que é “comfort food” e quando isso pode se tornar um problema

A comida pode desempenhar um papel muito importante na construção dos afetos entre as pessoas, especialmente quando falamos de um prato especial que ficou marcado por ser preparado por uma pessoa querida, como mães ou avós, ou pratos que marcaram uma viagem ou momento de vida. A comida acaba marcando o paladar.

E, em momentos de altos níveis de estresse ou ansiedade, por exemplo, a comida também pode acabar se tornando uma espécie de recompensa pelo estresse passado.

Nesse sentido, muitas pessoas acabam usando o termo “comfort food” (que, em português, significa comida de conforto, ou comida afetiva) para reduzir o estresse, relembrando uma sensação boa que somente aquele prato pode trazer. Mas, em longo prazo, nesses períodos de estresse, a comfort food pode se tornar uma inimiga.

O que a ciência diz

Comer é um ato que gera prazer no corpo, pois libera substâncias químicas que são positivas ao organismo, como a dopamina. No entanto, quando a relação com a comida acaba se tornando para se recompensar de um período estressante ou traumático, isso pode ser perigoso para a saúde.

Principalmente porque a busca pela comida pode se tornar compulsiva, sem uma preocupação com o equilíbrio do que se está comendo: muitas vezes, as comidas que são consideradas afetivas são mais palatáveis, como massas, lanches e doces. 

Em longo prazo, isso altera o padrão alimentar e reduz a quantidade de nutrientes que o corpo absorve, podendo causar problemas de saúde como anemia, diabetes e falta de vitaminas.

De acordo com a psicóloga Aline Melo, em entrevista ao portal Terra, “é nesse ponto que a relação com a comida afetiva pode deixar de ser saudável. (…) Em muitos casos, a pessoa sequer está com fome, mas sente a vontade de descarregar tudo em uma pizza”.

Quando buscar ajuda

Se há uma busca frequente por comidas afetivas para compensar dias estressantes, momentos difíceis, e isso já se incorporou ao dia a dia, o ideal é que se busque ajuda psicológica para investigar melhor as causas do que está acontecendo. 

Muitas vezes, pode ocorrer de o indivíduo estar se comportando desta maneira por ter algum transtorno mental, como ansiedade, depressão ou outros.

É também com a ajuda psicológica que o indivíduo aprenderá a como controlar a ansiedade da melhor maneira.

Com a investigação das causas, é possível tratar e recuperar o controle sobre a própria alimentação: com a ajuda de um nutricionista, é possível equilibrar a dieta com alimentos que são mais saudáveis.