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DPE/MA realiza programação alusiva ao Dia Internacional da Pessoa Idosa

Em alusão ao Dia Internacional, Nacional e Estadual da Pessoa Idosa, lembrado neste 1° de outubro, a Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA) realizou, no auditório do edifício-sede da instituição, em São Luís, programação de valorização com o tema “Celebrando a vida, compartilhando experiências”. Uma realização da DPE/MA, por meio do Ciapvi e da Renadi, a programação contou com a presença de autoridades e representantes do núcleo especializado da DPE/MA, da Renadi e da sociedade civil.

“A DPE/MA não tem medido esforços em prol da pessoa idosa. Criamos, em conjunto com a Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa no Maranhão (Renadi), o Observatório dos Índices de Violência contra a Pessoa Idosa. A intenção com essa ferramenta é fomentar a criação e o reforço de políticas públicas voltadas para esse público. Enquanto Escola Superior, temos esse assunto como basilar em nossos cursos de formação de defensoras e defensores públicos, o que reforça o compromisso com as pessoas idosas”, conta a diretora da Escola Superior da DPE/MA, Elainne Barros.

Para o defensor público titular do Núcleo de Defesa do Idoso, da Saúde e da Pessoa com Deficiência, Vinicius Goulart, embora seja um momento de celebração, ainda há um longo caminho na garantia de direitos da pessoa idosa. “Nos anos 50 e 60, por exemplo, a expectativa de vida do brasileiro era bem menor e, hoje, a gente pode falar em direitos da pessoa idosa. Nosso núcleo trabalha para combater situações de vulnerabilidade, de abandono e de violência de várias naturezas. O desrespeito é muito grande vindo, muitas vezes, de parentes próximos às vítimas. Por isso, temos lutado diariamente pela segurança, saúde, educação e assistência social na alta complexidade dessa população, para que não haja demora no retorno e acolhimento dessas pessoas”, afirma o defensor público.

De roda de conversa com o mesmo tema do evento, participaram a psicoterapeuta, hipnoterapeuta e doutora em terapia por imagem Marzia Castanho Neitzke, e a neuropsicoterapeuta especialista em rastreio de transtornos e síndromes, Michelle Ricci.

“Falamos sobre a importância da valorização da pessoa idosa na sociedade, da preparação para a vida idosa, sobre o aumento dessa população e estratégias para a melhor qualidade de vida desse público, que precisa ser inserido na sociedade. Não é só uma passagem de idade, é um legado para todas as pessoas que convivem com esses idosos, que precisam ser abraçados e ter uma existência com bem-estar, acima de tudo. Conversamos sobre emoções e comportamentos”, revela a psicoterapeuta Marzia Castanho.

Além da participação do Coral “Vozes de Sabedoria”, do Serviço Social do Comércio no Maranhão (Sesc/MA), sob regência do maestro Francisco Newman, o evento também teve a declamação do poema “O Passar dos Anos”, de Vinicius de Moraes, com a idosa Maria Irenir Alves.

“É um momento importante para as pessoas idosas do nosso estado, por esse motivo temos uma vasta programação ainda durante a semana, com o tema ‘Celebrando a Vida, Compartilhando Experiências’. O envelhecer deve ser digno e saudável, afinal, a velhice não é o fim de tudo, é apenas uma etapa da vida. A Defensoria abre essa Semana de Valorização da Pessoa Idosa, ao trabalhar a prevenção da violência contra idosos, com rodas de conversa e palestras. Para os próximos dias, ainda teremos missa de ação de graças pelo Dia da Pessoa Idosa e a realização de atividades do projeto +60, até o dia 03 de outubro, no Shopping São Luís”, ressalta a coordenadora do Ciapvi, Isabel Lopizic.

Para a primeira assistente social da Defensoria Pública do Maranhão, Marlene Brito, a trajetória da instituição se entrelaça com a sua própria história de vida. “Eu tenho acompanhado, ao longo dos anos, uma crescente presença da população idosa nesses eventos, tenho orgulho de ser a servidora mais idosa da Defensoria do Maranhão, logo faço 72 anos, e posso dizer que estive em todo esse processo de crescimento da DPE. Isso me traz um sentimento de pertencimento, de ver a minha vida entrelaçada com a história desta instituição. Não com a ideia daquela pessoa que já fez o que precisava ser feito, mas com a certeza de que ainda há muito o que fazer e realizar”, pontua a assistente social da DPE/MA, Marlene Brito.