Vivência internacional impulsiona carreiras e abre novas oportunidades profissionais
A vivência internacional está se tornando um diferencial cada vez mais valorizado no mercado de trabalho global. De acordo com uma pesquisa realizada pela QS Quacquarelli Symonds, empresa especializada em educação e carreira, 60% dos empregadores consideram a experiência internacional um fator determinante na contratação de profissionais. Além disso, 73% dos entrevistados acreditam que colaboradores com experiência no exterior têm maiores chances de serem promovidos dentro das empresas. Esses números destacam a importância crescente da internacionalização na formação de profissionais aptos a enfrentar os desafios do mundo corporativo atual.
Tendo em vista que o mercado de trabalho moderno busca, cada vez mais, profissionais com habilidades multidisciplinares, que consigam se adaptar a diferentes ambientes e lidar com uma ampla variedade de situações cotidianas, essa é uma alternativa eficaz para conseguir mais destaque.
“A internacionalização é um processo que vem se fortalecendo no contexto de um mundo globalizado e transforma a percepção multicultural da realidade. Trata-se de uma experiência única que desenvolve soft skills, como empatia, resiliência e capacidade crítica, gera novas oportunidades, maior empregabilidade e aprofundamento do conhecimento de um novo idioma”, observa Larissa Clare, coordenadora de internacionalização da Estácio.
A importância dessa vivência é reforçada por outra pesquisa, realizada pela Business Marketing International (BMI), organizadora do Salão do Estudante, que revela que seis em cada dez brasileiros têm o desejo de estudar no exterior.
“A internacionalização deve ser vista como um investimento estratégico. Essa experiência internacional não é apenas um diferencial no currículo, mas uma verdadeira alavanca para o desenvolvimento pessoal e profissional. Além do enriquecimento acadêmico e pessoal, essa modalidade oferece oportunidades valiosas de networking para a construção de uma rede global de contatos profissionais e acadêmicos que pode abrir portas para futuras oportunidades. O estudante só tem a ganhar”, explica o gerente de desenvolvimento acadêmico da Wyden, Roger de Almeida.
Daniella Tavares Iori, estudante de psicologia na Wyden, no Amazonas, participou do programa de intercâmbio de três semanas em Salamanca, na Espanha. Segundo ela, foi uma experiência única.
“Foram 49 mil inscrições para o programa, custei a acreditar que tinha sido selecionada. Salamanca é uma cidade encantadora, a universidade fez questão de nos levar ao Centro de Estudos Brasileiros, o único da Europa. É uma vivência extraordinária em termos de aquisição de conhecimentos e desenvolvimento da língua – especialmente com as novas exigências do mercado de trabalho – e de contato com outra cultura. O intercâmbio me possibilitou ainda um encontro que nunca imaginei que seria possível com as minhas raízes”, avalia.
Além do crescimento acadêmico e profissional, a imersão cultural e linguística é um aspecto crucial da experiência internacional. Estar inserido em um ambiente onde uma nova língua é falada diariamente acelera o aprendizado e ajuda os estudantes a alcançar fluência rapidamente, um diferencial valioso no mercado de trabalho globalizado.
“Eu nunca havia estudado espanhol e vim de lá com nível avançado, certificado pela Universidade de Salamanca, o que, sem dúvidas, vai acrescentar muito para o meu currículo. Foram três semanas, mas pareceu ser muito mais em termos de aprendizado e conhecimento”, afirma.
A acadêmica de direito da Estácio, Melissa Affonso Luna, também vê a imersão cultural e linguística como um valor para o mercado de trabalho. Em julho, ela e mais 19 estudantes da instituição tiveram aulas na Universidad Siglo 21, em Buenos Aires, ao longo de cinco dias. “Sempre desejei passar por uma experiência desse tipo, porém não tinha lastro suficiente. Acredito que a imersão na cultura e na língua espanhola irá enriquecer meu currículo. Tenho perspectiva de prestar concurso público, e em muitos deles a prova de títulos é uma etapa classificatória. Além de tudo, acho muito importante o networking com os colegas e a troca com diferentes nações, etnias, costumes. Estudo, conhecimento e cultura têm um papel transformador na vida das pessoas”, declara.
Fabiana Pinto, também estudante de direito, aponta a experiência de estudar seis meses em Portugal como um acontecimento ímpar. “É uma oportunidade indescritível poder estudar com alunos da Europa e de outras partes do mundo, como dos Estados Unidos, da Ásia e da África; é uma troca cultural que faz toda a diferença nos meios acadêmico e profissional. A minha estadia coincidiu com os 50 anos da Revolução dos Cravos, então pude conferir inúmeras palestras e workshops a respeito, aprendi mais sobre os sistemas penal, civil, de imigração e repatriamento portugueses. Sem dúvida, esse período tem sido enriquecedor, desafiador e marcante de forma muito positiva”, comemora.
Modalidade remota –
Para os alunos que não podem viajar, a mobilidade remota também permite experiências multiculturais. O programa ocorre durante o semestre letivo, com encontros oferecidos em horários diferentes das programações de aulas.
Neste formato, o participante estará, de forma simultânea, em sala de aula com alunos estrangeiros e, ao final, será desafiado a entregar um trabalho em grupo, aprimorando o conhecimento do idioma estrangeiro escolhido na mobilidade e desenvolvendo o senso crítico.–