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Economia

Economia maranhense deverá crescer 2,4% em 2022, aponta Boletim de Conjuntura

O Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (SEPLAN), apresenta o Boletim de Conjuntura Econômica Maranhense referente ao primeiro trimestre de 2022. A publicação foi lançada nesta quarta-feira (28), e tem como objetivo analisar a dinâmica da conjuntura econômica maranhense, bem como as perspectivas de curto e médio prazos. Em relação ao crescimento econômico da economia mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima crescimento de 3,6% em 2022. Na mesma performance positiva, o PIB brasileiro cresceu 1,0% no primeiro trimestre do ano. Já na economia maranhense, estima-se que o PIB estadual cresça cerca de 2,4% em 2022.

A revisão com viés reprimido da economia mundial é reflexo dos desdobramentos do conflito entre Rússia e Ucrânia, tendo em vista o impacto prolongado ao longo do ano sobre o aumento dos preços das commodities e de insumos agrícolas, refletindo na elevação dos juros nas principais economias para conter a inflação. Ademais, a desaceleração mais acentuada do que o previsto na China e um novo surto da pandemia podem frear ainda mais o crescimento econômico global.

No que tange ao cenário nacional, o PIB cresceu 1,0% no primeiro trimestre deste ano, o terceiro resultado positivo consecutivo. O resultado está associado à retomada da demanda por serviços presenciais, além da melhora do mercado de trabalho, que no primeiro quadrimestre de 2022 registrou abertura de 770,6 mil vínculos formais. 

Na abrangência estadual, estima-se que a economia maranhense cresça cerca de 2,4% em 2022, conforme avaliação do IMESC. O desempenho favorável do nível de atividades é explicado pela estimativa de produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, que deverá chegar a 5,9 milhões de toneladas em 2022, crescimento de 4,5% em relação ao ano passado; pelo crescimento no volume de serviços prestados (+5,3%) e do comércio varejista (+1,1%).

Destaca-se, ainda, a alta nos investimentos do governo estadual em 2022 (+61,6%) no primeiro quadrimestre do ano, em montante empenhado de R$ 1,1 bilhões, aplicados com maior predominância em Urbanismo, Transporte, Educação e Saúde. “O Maranhão foi a sétima UF do país e a segunda do Nordeste em relação ao volume de investimentos no primeiro bimestre, conforme dados do Tesouro Nacional, o que reforça por parte do estado a priorização de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento local”, destaca a presidenta do IMESC, Talita Nascimento. Diante desse quadro, houve uma melhora no mercado de trabalho, uma vez que no primeiro trimestre o total de ocupados no estado avançou 9,5% no comparativo interanual, alcançando um contingente de 2,33 milhões de trabalhadores.