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30 mil processos jurídicos serão destinados à reciclagem em São Luís

A atividade realizada nesta sexta-feira (10) fez parte da programação da Jornada de Sustentabilidade 2022 do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), Corregedoria Geral da Justiça e Escola Superior da Magistratura, por meio do Núcleo Socioambiental do TJMA e está integrada às ações da Ecoliga no estado.

Trinta e uma famílias estão cadastradas pela COOPRESL para o processo de reciclagem. A entidade possui termo de cooperação com o Tribunal de Justiça desde 2019, sendo qualificada para receber esse tipo de material. Uma das exigências legais para a seção dos documentos é a garantia do sigilo dos mesmos. De acordo com dados da Cooperativa, nos últimos dois meses, o grupo chegou a processar cerca de 200 toneladas de material reciclável, o que vem impactando positivamente na vida de toda a sociedade em questões ligadas à economia e saúde, por exemplo. Segundo o presidente da COOPRESL, Gilvan Alves, a cada 50kg de papel reciclado uma árvore deixa de ser derrubada. “É uma grande responsabilidade para cada um de nós”, destacou o gestor, ressaltando a importância da ação.

Para o desembargador Froz Sobrinho, corregedor geral de Justiça, a sustentabilidade gerada por esse processo não é só ambiental, mas, também, social pois atinge inúmeras famílias que se utilizam desse descarte como forma de levar maior dignidade às suas vidas. “Era um material que seria queimado, jogado no lixo, e hoje os agentes ambientais fazem seu reuso de forma consciente”, destacou.

Durante seu pronunciamento na abertura da solenidade, o desembargador Jorge Rachid, presidente do Núcleo Socioambiental do Tribunal de Justiça do Maranhão, ressaltou que 90% do que é descartado pela sociedade pode ser aproveitado pelos catadores. Rachid alertou que atualmente a população ludovicense está consumindo crustáceos contaminados pela destruição de seus habitats naturais. “Dentro de 5 a 10 anos, São Luís não terá mais manguezais. É preciso nos unir para que façamos alguma coisa!”, conclamou.

Para o procurador geral, Rodrigo Maia, “a Ecoliga vem sendo um grande esforço interinstitucional liderado pelo Poder Judiciário, na pessoa do desembargador Jorge Rachid, e que tem dado contributo relevante para o desenvolvimento sustentável no âmbito do estado do Maranhão, o que, sem dúvida, é algo muito significativo para a melhoria das condições ambientais e sociais de nossa população”, finalizou.

Participaram ainda da solenidade o diretor do Fórum de São Luís, juiz Raimundo Neris; o juiz federal Arthur Nogueira Feijó, presidente da Comissão de Sustentabilidade da Justiça Federal; o diretor da Secretaria da Corregedoria Gerald e Justiça, José Jorge Figeiredo dos Anjos Júnior; além de técnicos das instituições presentes.

Ecoliga

A Ecoliga é uma associação de instituições públicas criada em 2016 que fomenta o aprimoramento da gestão socioambiental e o desenvolvimento sustentável das participantes, com a implementação de políticas e tecnologias que promovam uma gestão pública eficiente de recursos, gerando responsabilidade socioambiental e redução de custos.

Dentre as instituições participantes estão o Tribunal de Justiça do Maranhão, Tribunal Regional Eleitoral, Tribunal Regional do Trabalho, Procuradoria Geral do Estado (PGE), Ministério Público Estadual, Universidade Federal do Maranhão, dentre outras. Seus integrantes têm como atribuições comuns: racionalização e redução de custos; logística integrada de veículos; capacitação e produção científica; destinação adequada de resíduos; e compras sustentáveis e compartilhadas.