21% das brasileiras já foram diagnosticadas com a Síndrome do Ovário Policístico, diz estudo
Os ovários são responsáveis pela ovulação e pela descarga de hormônios no ciclo menstrual e ovulatório. Em um ciclo normal, a mulher tem mudanças hormonais durante o período de amadurecimento do óvulo, fazendo com que o endométrio engrosse e o folículo libere o óvulo. Mas quando se tem a Síndrome dos Ovários Policísticos, também conhecida como SOP, este processo não acontece com facilidade.
A SOP também causa microcistos em um, ou ambos ovários. E conforme constatou a Famivita em seu mais recente estudo, 21% das brasileiras já foram diagnosticadas com SOP. E os dados por estado demonstram que, o Distrito Federal é o estado em que mais mulheres já foram diagnosticadas, com 33% das participantes. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, 22% das participantes possuem o diagnóstico. E o Amapá é o estado com o menor percentual de diagnósticos de SOP, 13% das entrevistadas.
Além disso, mais da metade da população, 55% das mulheres, não sabem que a SOP pode causar obesidade, acne, pelos em excesso, ou perda de cabelo. Principalmente as mulheres dos 18 aos 24 anos, com 60% dos participantes. Já entre as mulheres que estão tentando engravidar, 47% não têm conhecimento sobre os sintomas da SOP. O estado em que mais mulheres sabem sobre os sintomas é o Distrito Federal, com 62% das entrevistadas. Em São Paulo, pelo menos 47% das participantes sabem sobre os sintomas. E no Rio de Janeiro, esse percentual cai para 44%.
O diagnóstico da Síndrome do Ovário Policístico é feito por especialistas, porém existem exames e testes que podem ajudar no diagnóstico. Um deles é o Teste de Hormônios da Fertilidade, que através de coleta de sangue, detecta as alterações do hormônio anti-mulleriano, hormônio que está vinculado ao crescimento dos folículos ovarianos. Quando a mulher tem ciclos maiores de 35 dias, e o exame do hormônio anti-mulleriano apresenta altos níveis (2 a 3 vezes maior que em mulheres com ciclos/ovulação normal), é sinal de SOP. E por isso, a mulher deve procurar um médico para o devido tratamento.