13º salário deve impulsionar as vendas no varejo
Mais de 60% dos consumidores maranhenses pretendem ir às compras neste Natal. O dado está na Pesquisa de Intenção de Consumo realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio). O levantamento afirma, ainda, que o percentual representa um aumento de 6,1% em comparação ao mesmo período de 2021. De acordo com a pesquisa, essa é a segunda alta seguida da intenção de consumo, o que aponta para certa normalidade das festividades em comparação ao período pré-pandêmico.
Conforme indica o estudo, 60,7% dos entrevistados pretendem comprar dois ou três produtos. Os itens de vestuário são preferência de 58,7% das pessoas. Os brinquedos ocupam o segundo lugar, com 39,5% das intenções de compra.
O coordenador do curso de Administração do Centro Universitário Estácio São Luís, Diego Pinheiro, explica que as empresas se preparam para este momento de oportunidade de vendas. “O fim do ano chega, o 13º está na conta e muitas tentações podem ser vistas a todo instante. Nós temos empresas que trabalham o ano inteiro com o objetivo de ampliar as suas ofertas para o final do ano. Elas já reservam estoque ou já mantém as lojas abastecidas para que tudo seja vendido no fim do ano. O que vai subsidiar boa parte dessas compras é o 13º do consumidor”, afirma.
COMPRAS PELA INTERNET
Ainda segundo a pesquisa, 48,3% dos entrevistados pretendem fazer suas compras na Rua Grande, grande centro comercial a céu aberto de São Luís; 36,9% nos shoppings da cidade; e 19,7% em lojas de bairro. A internet, por sua vez, vem ganhando mais espaço. O estudo demonstra que ela é a preferência de apenas 3% dos consumidores, mas já apresenta um aumento, tendo em vista que o percentual, em 2021, era de 1%. Os estudiosos apontam que a tendência é que ao longo das próximas festividades, a internet se torne uma das opções mais procuradas, dada a praticidade e a vasta oferta de produtos.
CUIDADO COM O BOLSO
Para 2022, o valor médio da compra ficou em R$ 433, R$ 50 a menos, em comparação a 2021. O detalhe é que o valor médio do presente cresceu 22,53%, passando de R$ 182, em 2021, para R$ 223, em 2022, representando um aumento acima da inflação, o que demonstra um encarecimento do valor dos produtos e explica o porquê de os entrevistados, apesar de não desistirem de presentear, optarem por comprar menos itens.
Diego explica que o indivíduo vê a chegada do 13° salário como uma oportunidade a mais de consumo. “Nós compramos com base na nossa renda, ou seja, se eu tenho um aumento de renda, naturalmente, farei um aumento de consumo”, ressalta.
O especialista reforça, ainda, a importância do planejamento financeiro na hora das despesas de final de ano. “É muito importante que cada cidadão tenha a sua própria programação financeira e que esta seja muito eficiente, para evitar que ele extrapole no consumo. São muitas atrações, oportunidades, ofertas e elas podem fazer com que o consumidor deixe de lado a sua programação financeira e se deixe levar. Não é interessante que o consumidor se vislumbre com as festas de fim de ano e inicie o ano seguinte com o orçamento extrapolado, já que janeiro já vem cheio de desafios por si só. Pode ser que no Natal tenha inúmeras oportunidades, mas é indispensável que o consumidor mantenha o pé no chão”, finaliza.