Vilarejo nos Lençóis Maranhenses atrai kitesurfistas de várias partes do mundo
De iniciantes a experientes, praticantes do esporte aproveitam as águas da praia de Atins e de lagoas do Parque Nacional
Patrimônio Natural da Humanidade, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é um lugar único no mundo, famoso por seu cenário paradisíaco e por proporcionar momentos de lazer e relaxamento durante o banho em suas lagoas cristalinas. O que muitos não sabem é que lá também é possível praticar o kitesurf, esporte aquático que demanda ventos fortes e constantes, presentes na região principalmente nos meses de junho a dezembro. Para isso, o local mais procurado por kitesurfistas do mundo todo é o vilarejo de Atins, em Barreirinhas (MA), devido à proximidade com o Parque e à existência de praia.
Dentro do Parque, as lagoas do Kite e da Pininga recebem praticantes de todos os níveis de experiência enquanto estão cheias, geralmente entre junho e setembro. Na praia da vila é comum avistar kitesurfistas de diversas nacionalidades em todos os meses com ventos favoráveis, especialmente durante a alta temporada do esporte na região, que vai de julho a setembro. De acordo com o instrutor Cayo Shimuk, fundador da Nossa Vibe Kite School, em Atins, os brasileiros são maioria em junho e julho, enquanto os estrangeiros predominam em agosto e setembro.
Além dos bons ventos e da possibilidade de velejar em meio à deslumbrante paisagem dos Lençóis, o vilarejo possui outras características propícias ao esporte: águas rasas e sem ondas, o espaçoso circuito para as aulas e um ambiente seguro para o aprendizado. “Muitas pessoas vêm para Atins aprender o kite, mesmo nunca tendo tido contato com um esporte com prancha, e após dez horas de aulas já estão velejando”, afirma o instrutor de kitesurf.
Os kitesurfistas mais experientes têm à disposição aulas avançadas de manobras e downwinds, que consistem em velejos em grupo realizados a favor do vento, muitas vezes em expedições de maior duração. É possível ainda alugar equipamentos no vilarejo, considerando a dificuldade dos visitantes no transporte do aparato necessário à prática segura do esporte. “Tem muito velejador que prefere deixar seu equipamento em casa e viajar sem toda aquela bagagem imensa, por isso nos procuram para alugar equipamentos”, comenta Shimuk.
Na visão do empresário Enio Donato, proprietário do hotel Anacardier, em Atins, o kitesurf contribuiu significativamente para o desenvolvimento da vila. “Antes de se tornar a potência turística que é hoje, que encanta perfis diversificados de visitantes, o principal público de Atins eram os kitesurfistas. Até hoje eles estão bastante presentes durante a temporada dos ventos, e essa movimentação ocasionada pelo esporte é muito positiva para toda a cadeia do turismo atuante no vilarejo e em seu entorno”, avalia o empresário.
Foto: Caio Florentino/Nossa Vibe