Solenidade do Terreiro do Egito marcará a celebração do Dia da Consciência Negra

Nesta sexta-feira (20), Dia da Consciência Negra, ocorre o reconhecimento simbólico do espaço sagrado do Ilê Nyame (Terreiro do Egito) com instalação de placas demarcando o local de memória e suas árvores sagradas. A solenidade é resultado do trabalho articulado da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), da Secretaria Extraordinária de Igualdade Racial (SEIR), da Secretaria de Estado da Cultura (Secma), da Prefeitura de São Luís e das casas descendentes do Terreiro, a Casa Fanti Ashanti e de Iemanjá. O evento ocorre no Cajueiro, às 9h.

Considerado Patrimônio Cultural e Imaterial do Maranhão pelo governador Flávio Dino em 2019, o Ilê Nyame foi fundado em 12 de dezembro de 1864 pela Hunsidahou Massinokou Alapong (Basilia Sofia), natural do Cumassi, antiga Costa do Ouro e atual República de Gana. O território tem uma grande relevância cultural e religiosa de práticas e expressões transmitidas através de gerações. Do Terreiro do Egito, surgiram outros terreiros, entre eles, o Terreiro de Iemanjá e a Casa Fanti-Ashanti.

O secretário de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), Francisco Gonçalves, destacou que o Governo do Maranhão celebra o dia 20 de novembro com ações de defesa da memória do povo negro do estado e reconhecendo as mãos que construíram e constroem a história e a identidade deste país.

“Reconhecer e demarcar o Terreiro do Egito é celebrar as tradições das religiões de matriz africana e fazemos isso com protagonismo das lideranças religiosas, que delimitaram a preservação de cada árvore sagrada do território e festeja o lugar de origem e referência dos seus ancestrais”, explicou o secretário Francisco Gonçalves.

O Dia da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro em todo o território nacional. A data faz referência ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo de Palmares, que lutou para preservar o modo de vida dos africanos escravizados que conseguiam fugir da escravidão. Representa o reconhecimento dos descendentes africanos na constituição e na construção da sociedade brasileira.