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SES e Sema discutem medidas preventivas de enfrentamento à dengue e de outras arboviroses no Maranhão

Para abordar ações e medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti e de prevenção da dengue e de outras arboviroses, o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes reuniu-se, nesta quarta-feira (7), com o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais, Pedro Chagas, gestores das Unidades Regionais de Saúde (URS) do Maranhão e secretários municipais de meio ambiente dos 40 municípios considerados prioritários para o enfrentamento das arboviroses no estado.

O encontro teve como objetivo fazer a apresentação da situação epidemiológica da dengue e outras arboviroses no Maranhão, servindo também de mobilização estadual com os municípios, e assegurando o estado unido contra o Aedes.

“É importante intensificarmos as medidas de prevenção, de articulação e conscientização nos municípios, nas áreas da saúde, meio ambiente e educação. É claro que cada município tem a sua peculiaridade e mapeamento de território, mas o nosso desejo é que o gestor seja um multiplicador e protagonista das informações compartilhadas, articulando com as secretarias de saúde as medidas que precisam ser tomadas”, disse o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes.

Durante a reunião, foi apresentado o Cenário Nacional das Arboviroses em 2023, com 262.247 casos prováveis, 173 óbitos em investigação (29 confirmados), o que conferiu incidência de 129,2 casos para cada 100 mil habitantes e aumento de casos acima de 300% (a partir do 2° semestre).

Na oportunidade, também foi apresentado o Cenário Nacional Atual quando à Dengue, dados referentes à Primeira Semana Epidemiológica, até o dia 4 de janeiro de 2024. O Distrito Federal é o que apresenta situação mais grave com 1.147,8 casos para cada 100 mil habitantes.

“Essa questão também é nossa, do Meio Ambiente. Não adianta cruzarmos os braços e achar que isso é uma questão apenas da Saúde e ficar no anonimato ou no silêncio. Por isso pedimos que cada um de vocês se reúnam com as secretarias correlatas, pois precisamos desse protagonismo nos territórios”, reforçou secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais, Pedro Chagas.

Presente na reunião, a secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Deborah Campos, destacou os fatores do aumento de casos da doença no país. “Segundo a Organização Mundial de Saúde, os três principais fatores são os casos do sorotipo 3 da dengue em 2023, o aumento da temperatura do ambiente e dos criadouros de mosquitos dentro dos domicílios. A preocupação está no sorotipo 3 da dengue devido ao seu nível de agressividade, pois uma pessoa pode ter a doença várias vezes de acordo com o tipo, aumentando também a possibilidade de debilitação”, pontuou.

O coordenador do Programa de Controle das Arboviroses da SES, Jorge Moraes, reforçou os cuidados que a população pode adotar com novas práticas. “O Aedes fica até 450 dias com o ovo embrionado. Entre 100% e 75% das fêmeas do mosquito colocam seus ovos dentro do domicílio ou em pontos chamados pontos estratégicos, tais como borracharias, cemitérios e depósitos de sucata. Assim, se houver uma mobilização conseguiremos minimizar os problemas aplicados, consequentemente reduzindo as populações do mosquito”.

Ações de enfrentamento

A SES reforçou ações de enfrentamento para o ano de 2024, entre as quais estão ativação da Sala de Situação, com vigilância epidemiológica para monitoramento e emissão de informes semanais e alertas necessários; Publicação do Plano de Contingência; Elaboração do Plano de Ação; Emissão de Alerta Epidemiológico (orientações aos diversos setores), entre outras.

A SES orienta ainda a realização de articulações intersetoriais quanto à coleta de resíduos sólidos, abastecimento de água, saneamento, urbanização e construção civil.