No Agosto Dourado, ações que incentivam o aleitamento ganham ainda mais destaque

De segunda a sexta-feira, duas vezes ao dia, Larissa Jansen Borges segue até a sala de apoio à amamentação do Terminal Portuário São Luís (TPSL), da VLI, onde realiza a ordenha e garante a alimentação da filha Liz Sophia, de apenas 1 ano. O local, pensado para acolher colaboradoras em fase de amamentação, funciona como um apoio à maternidade dentro do ambiente de trabalho. Um verdadeiro “cantinho da mamãe”, o espaço oferece estrutura adequada para armazenar o leite, que é levado por Larissa ao fim do expediente.

Larissa atua como operadora multimodal II na VLI, que é uma companhia de soluções logísticas que opera ferrovias, terminais e portos. Desde o retorno ao trabalho, ela usa a sala nos horários das 12h e 17h. “Saber que poderia usar o espaço me deixou mais tranquila para voltar ao trabalho”, conta Larissa.

O retorno dela foi gradual, após sua licença-maternidade, respeitando seu tempo de adaptação e sem abrir mão do vínculo com a filha. “Todos entendem que é um pouco difícil. Mas a sala contribuiu para me deixar mais tranquila no trabalho”, reforça. As colaboradoras que utilizam o espaço também recebem um kit de transporte com bolsa térmica e frascos para armazenar o leite.

Iniciativas como essa reforçam o incentivo à amamentação, cuja campanha de conscientização ganha maior visibilidade com o Agosto Dourado, que tem por objetivo propagar os benefícios do aleitamento materno durante o mês.  No Brasil, a campanha do Agosto Dourado foi instituída pela Lei Federal nº 13.345, de 12 de abril de 2017, e a cor “dourada” foi escolhida para representá-la devido ao tom que simboliza o padrão ouro de qualidade do leite humano.

Estrutura que acolhe

O espaço de apoio à amamentação do TPSL foi inaugurado em 2022 e, desde então, se consolidou como um suporte essencial para mães que desejam manter o aleitamento mesmo após o fim da licença-maternidade. A sala é climatizada e equipada com freezer para armazenamento, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde, poltrona, bancada e pia para higienização das mãos e utensílios. O espaço funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, e pode ser utilizado por colaboradoras da VLI e funcionárias de empresas parceiras.

Responsável pela sala, a supervisora de Saúde da VLI, enfermeira Jessica Bentes Abdon, explica que o planejamento é essencial para manter o aleitamento durante o expediente. “É importante que a mãe saiba por quanto tempo ficará fora de casa. Assim, pode iniciar um processo de superestímulo da mama. Quanto mais a mulher drena o leite, mais o corpo produz, criando o estoque necessário para a criança consumir na sua ausência. Esse processo é chamado de rotina de extração, e a sala oferece o ambiente ideal para isso”, afirma Jessica.

Além da estrutura física, a empresa oferece o programa Gestar, que acompanha colaboradoras desde a gestação até os primeiros meses do bebê. Entre os benefícios, estão: desmamadeira manual, bolsa térmica para transporte do leite, potes de vidro e orientação especializada sobre extração e conservação do leite materno.

A iniciativa integra o conjunto de práticas da VLI voltadas ao cuidado com a maternidade. Além de São Luís, outras unidades também contam com esse tipo de sala, como Imperatriz (MA), Palmeirante e Porto Nacional (TO), e Pecém (CE).

A VLI no Maranhão

A VLI opera no Maranhão por meio do Corredor Norte, que atende toda a região do Matopiba por meio de sua estrutura, composta pelo tramo norte da Ferrovia Norte-Sul, a Estrada de Ferro Carajás – por onde composições da VLI transitam por direito de passagem – o Terminal Portuário São Luís e terminais integradores nos estados do Maranhão e do Tocantins, onde a carga passa do modal rodoviário para o ferroviário. Também no Maranhão, a VLI possui uma oficina ferroviária localizada em Imperatriz, responsável por manter vagões e locomotivas em condições para o transporte seguro e sustentável de cargas como soja, milho, combustíveis, celulose e ferro gusa.