Roberto Costa propõe Medalha “Manuel Beckman” ao ex-presidente José Sarney

O plenário da Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, na sessão desta terça-feira (11), o Projeto de Resolução Legislativa, de autoria do deputado Roberto Costa (MDB), que concede a Medalha do Mérito Legislativo “Manuel Beckman” ao ex-presidente da República José Sarney.

Em sua justificativa, Roberto Costa destaca os relevantes serviços prestados por Sarney ao Maranhão e à nação, enfatizando sua biografia como político, redator e editorialista maranhense, que iniciou a vida política no movimento estudantil, atraindo, desde muito jovem, a atenção de partidos políticos. Relata que, em 1954, candidatou-se a deputado federal pelo Partido Social Democrático (PSD). Eleito suplente, em 1955, aos 25 anos, embarcou para o Rio de Janeiro para assumir o cargo de deputado federal.

O deputado destaca, ainda, que Sarney ocupou três mandatos como deputado federal e conquistou o Governo do Estado do Maranhão aos 35 anos, nas eleições de outubro de 1965. Em seu mandato como governador, considerou como uma das prioridades a pasta da infraestrutura, sendo responsável por importantes obras de implantação da BR-135, do Porto do Itaqui e da Ponte Governador José Sarney.

Entre 1971 e 1979, José Sarney foi senador  pelo Maranhão. “Em 1985, com o falecimento do presidente Tancredo Neves, ele, que era vice-presidente, foi efetivado no cargo de Presidente da República. Seu papel foi fundamental para a redemocratização do país, para o fortalecimento da economia e para a inserção do Brasil no debate internacional sobre a preservação do meio ambiente”, lembra Costa.

Senado

Quatro meses depois de deixar a Presidência, diz o deputado, Sarney foi eleito senador pelo Amapá, sendo reeleito mais duas vezes, em 1998 e 2006. Como senador, ocupou a Presidência da Casa durante os anos de 1995 a 1997, 2003 a 2005 e 2009 a 2013. 

“Diante do breve histórico, cumpre ressaltar que é impossível resumir a trajetória do eminente político e todas as contribuições que ele efetuou para o Maranhão. Mas não somente a figura de político mais longevo da República merece destaque. É importante mencionar o trabalho exercido por Sarney como escritor. O trabalho como jornalista foi o primeiro passo na carreira. Ele ganhou um concurso de redação e passou a trabalhar no jornal Pacotilha, atuando, primeiramente, como repórter policial, até cuidar do suplemento literário do jornal. Iniciou, ainda cedo, como poeta e ensaísta, sob a influência da poesia moderna portuguesa”, frisou.

Costa elenca diversas obras publicadas pelo homenageado, como romances, contos, crônicas, poesias e textos políticos, destacando algumas delas:  “Ensaio sobre a Pesca de Curral” (1953), “A Canção Inicial” (1954), “Norte das Águas” (1969), “Os Marimbondos de Fogo” (1978), “O Dono do Mar” (1995); “Saraminda” (2000) e “A Duquesa Vale uma Missa” (2007).  Em 7 de novembro de 1980, o maranhense foi imortalizado na Academia Brasileira de Letras.