Reunião debate Cultura de Paz nos Centros Socioeducativos da Funac

A presidente da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), Sorimar Sabóia, reuniu com o presidente do Instituto Terre des hommes Brasil (TDH), Renato Pedrosa, para firmar parceria e qualificar os servidores em práticas restaurativas e fortalecer a cultura da paz no atendimento socioeducativo do Maranhão.  A proposta é realizar a formação online de facilitadores e instrutores em Círculos de Justiça Restaurativa e Construção de Paz. O curso contará com conhecimentos teóricos e práticos.

Para os (as) profissionais da Funac, o curso é um avanço em prol de uma dinâmica de trabalho em consonância com o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE – e na direção de uma relação mais humanizada e pacífica, na qual os adolescentes sejam respeitados nos seus direitos e se responsabilizem pelos seus atos, interrompendo o ciclo da violência.

A presidente da Funac, Sorimar Sabóia, apresentou na reunião um panorama histórico da realização de círculos restaurativos dentro das unidades de atendimento da Fundação. “Essa ação já ocorre, mas é  preciso que seja aperfeiçoada, sistemática e sistematizada. Na reunião com a TDH apresentamos como são realizadas as práticas restaurativas e a nossa proposta é melhorar e rever a nossa proposta de práticas restaurativas. Dentro da Funac já temos profissionais que são habilitados para desenvolver os círculos restaurativos. Serão capacitados facilitadores e instrutores no curso de formação”, afirma Sorimar.

“Pretendemos avançar para ter dentro da Funac uma cultura restaurativa, acolhedora, respeitosa, tolerante e humana. Trabalhamos com foco no atendimento humanizado e seguro para os adolescentes e sobretudo para os servidores. Vamos transformar a nossa Fundação em um ambiente que inspire confiança, respeito, tolerância e empatia de se colocar no lugar do outro”, complementa Sorimar.

Para o presidente da TDH,  Renato Pedrosa, a reunião foi muito positiva, principalmente a troca de experiências entre os Estados do MA e CE.  “Fizemos um resgate histórico da atuação na área restaurativa que apresentou uma caminhada muito interessante desde a sensibilização, formação, supervisão e toda a implantação desse paradigma. Com a troca de experiências poderemos fortalecer a justiça restaurativa no Estado do Maranhão, principalmente dentro da privação e restrição de liberdade”, pontua.

“Como encaminhamento será firmada uma parceria para disponibilizar uma formação online sobre os círculos de construção de paz, que é a metodologia que concretiza a justiça restaurativa. Será realizado, ainda, um projeto formativo de facilitadores e instrutores, pessoas que vão realizar a multiplicação da metodologia nos Centros Socioeducativos. Estamos dialogando para construir esse projeto na perspectiva de fortalecer o que já existe e ampliar o paradigma restaurativo. A previsão é que os cursos iniciem em março, com teoria e prática”, declara Pedrosa.