“Ratificamos o compromisso de combater as consequências da violência”, afirma secretário Carlos Lula 

O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, destacou o compromisso do Governo do Maranhão em combater as consequências da violência sofrida por mulheres. Na terça-feira (8), o secretário assinou dois termos de parceria com a Casa da Mulher Brasileira do Maranhão para ampliar o atendimento a vítimas de violência. A parceria facilitará o acesso dessas mulheres a cirurgias reparadoras e ao cuidado multidisciplinar com psicólogos e assistentes sociais para atendimento 24 horas.

“O Dia Internacional da Mulher é uma data para relembrar a luta histórica das mulheres por mais direitos e condições de igualdade. Do ponto de vista da saúde, hoje ratificamos o compromisso de combater as consequências da violência, dando prioridade àquelas que sofreram algum tipo de atentado contra o seu corpo, com cirurgia plástica reparadora no SUS, além de outros cuidados necessários”, disse o secretário Carlos Lula.

O primeiro termo assinado objetiva a realização de cirurgias reparadoras conforme disciplina a Lei nº 13.239/2015, que dispõe sobre a oferta e a realização, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Com o segundo documento, a parceria é voltada para a disponibilização de Equipe Multidisciplinar de atendimento 24 horas na Casa da Mulher Brasileira, tendo em vista as ações de atenção às vítimas de violência física.

De acordo com a coordenadora das Delegacias da Mulher do Estado, Kazumi Tanaka, o Maranhão é um dos estados que mais avançou em políticas públicas para defesa das mulheres. “Apenas prender o agressor não resolve o quadro de violência, pois as sequelas dela permanecem. O Estado está de parabéns, pois além de buscar reforçar a repressão desse tipo de crime, também está dando o acolhimento e o acompanhamento para que as vítimas tenham a possibilidade de resgatar a autonomia e ter a liberdade para viver plenamente”, destacou.

A diretora da Casa da Mulher Brasileira, Susan Lucena, afirmou que é momento de comemorar. “São mulheres que quase tiveram suas vidas ceifadas, cujos corpos foram maculados. É difícil curarmos a alma, mas podemos curar o corpo e, a partir disso, possibilitar que elas consigam se olhar no espelho e assim iniciarem o seu processo de cura, minimizando as marcas da violência sofrida”, ressaltou.

Uma das usuárias da Casa da Mulher Brasileira é Girlene Silva. Em 2018, ela sofreu diversos ferimentos por arma branca, ficando entre a vida e a morte. Com o termo, Girlene se torna a primeira de 45 mulheres que serão beneficiadas com a cirurgia reparadora. “Estou aqui para agradecer pela cirurgia reparadora a qual serei submetida e pelo apoio que tive em relação às consultas, e também pelos atendimentos com psicólogo. Eu estou feliz por estar viva e por poder compartilhar essa vitória conquistada”, contou.