Quais são os efeitos do Sol na saúde capilar?

No Brasil, mesmo nas estações mais frias, ainda é muito comum dias ensolarados e, mesmo com uma incidência menor de radiação ultravioleta, a falta de cuidados eleva os riscos de queimaduras, ressecamento e problemas de longo prazo, como o câncer de pele.

No outono e inverno é menos comum adotar as proteções necessárias para prevenir os efeitos nocivos do sol no couro cabeludo e até mesmo no cabelo. Entenda melhor a seguir.

Raio UV são prejudiciais para o cabelo?

O principal problema da exposição demasiada ao sol é quanto aos efeitos de curto e longo prazo da radiação solar, a ultravioleta.

Os raios UVA são constantes durante todo o ano, ocorrendo mesmo em dias nublados e frios. Eles penetram a pele mais profundamente e resultam em problemas como manchas e envelhecimento precoce.

Já os raios UVB são mais intensos no verão, apesar de não desaparecem nas estações mais frias. Eles são responsáveis por problemas de pele mais imediatos como queimaduras e bronzeamento.

Ambos têm efeito cumulativo que aumenta a predisposição ao câncer de pele.

Além disso, especificamente nos cabelos, os raios, tanto UVA quanto UVB, causam a perda de queratina do cabelo, tornando os fios mais frágeis, ressecados e propensos à quebra.

Protegendo o couro cabeludo do Sol

Devido aos efeitos nocivos do Sol nos cabelos e também no couro cabeludo, especialmente para pessoas calvas, é indispensável conhecer práticas a serem adotadas o ano todo para proteger-se do sol.

Chapéus e bonés

Nos dias mais ensolarados é fundamental usar chapéus ou bonés em caso de permanência ou atividades ao ar livre, como praças, parques, praias, piscinas e outras.

Para as pessoas calvas, mesmo com níveis médios de calvície, esses acessórios são fundamentais para evitar ocorrências graves, como queimaduras no couro cabeludo.

Os chapéus e bonés funcionam como um escudo contra o Sol, evitando que a pele receba diretamente a radiação solar.

Aplicando protetor solar

Um produto que devemos ter sempre ao alcance é o protetor solar, pois ele forma uma barreira física (ou química em alguns casos), contra a radiação solar.

Para aplicação na face, pescoço e couro cabeludo o ideal é optar por um produto com Fator de Proteção Solar (FPS) de, pelo menos, 30.

Para algumas pessoas com pele oleosa, um protetor solar que considera essa característica é importante para evitar a falta de adesão ao tratamento.

Além de escolher um bom protetor, é preciso aplicá-lo corretamente. O ideal é que o protetor solar seja aplicado diariamente, independente do clima estar sol ou nublado, e reaplicado a cada 2 horas, se houver exposição solar intensa.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda a aplicação de uma colher de chá no rosto, pescoço e cabeça.

O protetor solar desempenha papel fundamental para todas as pessoas, mas é particularmente importante para pessoas calvas, nas quais o couro cabeludo fica exposto.

Para os cabelos, o protetor térmico também é uma opção para proteção dos fios em dias mais ensolarados e que você já prevê uma maior exposição.

Evitando a exposição direta ao sol

Outra recomendação é evitar a exposição direta ao sol. Ainda que a luz solar tenha uma importante participação na formação da vitamina D, seu excesso é prejudicial à saúde como um todo.

Assim, o ideal é evitar a exposição direta ao Sol nos períodos de luz solar mais intensa, geralmente, entre às 10h da manhã e 16h da tarde.

Dê preferência para atividades ao ar livre antes ou depois desse período do dia e caso esteja fora de casa, busque proteção em áreas sombreadas.

Cuidando da saúde capilar

Apesar de não substituir os cuidados específicos contra os efeitos nocivos do Sol na pele, couro cabeludo e cabelos, os cuidados capilares ajudam a minimizar seus danos.

O excesso de Sol vai comprometer a hidratação capilar, de forma que períodos de maior exposição solar devem incluir um cronograma de hidratação, pelo menos, semanalmente.

Apesar de a exposição solar não afetar diretamente a tendência à alopecia androgenética, ela pode pode causar queimaduras no couro cabeludo nessas pessoas, predispondo ao câncer.

Por isso, a suspeita de calvície masculina deve ser investigada por um médico especializado para investigação do diagnóstico e início do tratamento adequado, além das recomendações gerais que incluem cuidados com a exposição do couro cabeludo e dos cabelos ao Sol.