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Público lota Cidade do Carnaval para aplaudir Xande de Pilares, Alexandre Pires, Os Tropix e Bicho Terra

Os Tropix, Xande de Pilares, Alexandre Pires e Bicho Terra deram o tom da segunda noite de folia na Cidade do Carnaval, no sábado (15), no circuito criado pela Prefeitura de São Luís ao lado do Terminal de Integração da Praia Grande. A mistura de MPB com regionalismo, samba e pagode agradou em cheio aos milhares de foliões que marcaram presença.

Os shows com artistas locais e nacionais terão continuidade na próxima quinta-feira (20), com É o Tchan e Parangolé. Na sexta-feira (21), será a vez de Timbalada, Léo Santana e Ferrugem. Já no sábado (22) tem Mundo Bita, Chicabana, Jorge Aragão e Hungria. 

“Na próxima semana, teremos mais folia, com mais shows. Aliás, haverá trio elétrico com a banda Chicabana a bordo saindo da Praça Manoel Beckman em direção ao circuito. Gostaria de agradecer a todos que estão contribuindo para este evento, desde as equipes de segurança até a imprensa, sempre presente aqui”, disse o prefeito Eduardo Braide, acompanhado da primeira-dama, Graziela Braide.

Além do prefeito, estavam presentes a vice-prefeita, Esmênia Miranda, e o secretário municipal de Cultura, Maurício Itapary.

Os Tropix

O público começou a chegar na Cidade do Carnaval no sábado (15), por volta das 19h, quando os músicos de Os Tropix deram o ar da graça, mostrando uma fusão de estilos e transitando entre diversos gêneros da música popular brasileira.

Lucas Leal, Leonardo Lucena, Gabriel Leandro, Gabriel Ferreira e Vik Nobre, vestidos com roupas brancas, lembrando uniformes de times de futebol, muito bem representaram os artistas locais dentro da programação. Entoando clássicos da MPB em ritmo de Carnaval, eles ainda prestaram uma homenagem ao Bicho Terra. 

Segundo o vocalista Gabriel Leandro, a banda buscou influências na música carnavalesca do Maranhão, além de composições autorais. “Quisemos fazer uma brincadeira de Carnaval nos caracterizando com esses uniformes”, disse Gabriel Leandro.

A plateia acompanhou a apresentação também por meio de dois telões gigantes acoplados nas laterais do palco. A plástica de Os Tropix, somada ao talento do grupo, abriu com chave de ouro o sábado na Cidade do Carnaval.

Xande de Pilares

Por volta das 21h, o palco foi liberado para o cantor Xande de Pilares, anunciado pelo prefeito Eduardo Braide. O artista protagonizou um show com músicas bastante conhecidas pelo público maranhense, que cantou com ele do início ao término. Em um momento da apresentação, ele emplacou um pout-pourri com diversos sucessos, entre eles, as músicas “Velocidade da Luz”, do Grupo Revelação, “Deixa a vida me levar” e “Bagaço da Laranja”, de Zeca Pagodinho.

O cantor disse que quando está no palco não apenas canta, mas compartilha emoções com os fãs. “Muito obrigado por vocês estarem aqui mais uma vez e quero desejar um ótimo Carnaval para os maranhenses”, disse Xande de Pilares, que, entre outras coisas, mandou recado também para o público dos camarotes durante a apresentação.

Xande está na estrada do samba há mais de 38 anos, fez fama quando integrou o Grupo Revelação, de 1991 até 2014. Depois, seguiu carreira solo, se apresentando por todo o país, inclusive com passagens por São Luís.

Alexandre Pires

A festa ficou completa com a atração mais esperada da noite. O cantor Alexandre Pires protagonizou uma contagiante performance. Do alto dos seus cerca de 10 anos de carreira solo, Pires fez um passeio pelo seu mais conhecido repertório. Querido dos maranhenses, ele tem fãs no Maranhão desde 1989, ganhando ainda mais adesões a partir de 2001, quando decidiu se desmembrar da antiga banda e seguir nos palcos brilhando sozinho. 

Com troca de figurinos e performances coreografadas, ele contagiou a plateia entregando um espetáculo completo e descontraído. “Ele é maravilhoso e um dos artistas mais elegantes que conheço. Eu não poderia deixar de vir ao show”, disse a funcionária pública Emanuelle de Jesus Corrêa, cantando e dançando com Pires, e acompanhando tudo também pelos telões.

Ao deixar o palco, Alexandre Pires agradeceu o carinho do povo maranhense, que, segundo ele, sempre prestigia a música popular brasileira e recebe os artistas.

“O Maranhão é um estado abençoado e de braços abertos sempre. Foi uma oportunidade de cantar para um público gigantesco numa festa gratuita. Para um artista, isso é um privilégio. A gente cantou o melhor dos anos 90, ou seja, as músicas do Só pra Contrariar, entre outros repertórios, e sentimos a energia do público. Foi maravilhoso estar aqui e quero trazer a minha família para conhecer os Lençóis Maranhenses, que a gente só conhece por fotos e vídeos”, revelou ele, que durante a apresentação, prestou uma homenagem à maranhense Alcione, cantando ‘Não deixe o samba morrer’.

Bicho Terra

A segunda noite de folia foi encerrada com show do Bicho Terra, bloco mais animado do Maranhão. Os cantores Inácio Pinheiro e Roberto Brandão entoaram os clássicos do grupo cultural fundado na Madre Deus, e levaram, ainda, músicas mais recentes, a exemplo de ‘Ôla do Bicho’, que já está sendo executada em todas as apresentações do Bicho.

“O Bicho veio encerrar a festa levando todo mundo na sua onda, fazendo aquele Carnaval popular nessa festa muito bem conduzida pela Prefeitura de São Luís”, disse José Pereira Godão, diretor artístico do grupo.

Estrutura e serviços

A Cidade do Carnaval é um amplo espaço de folia e se destaca pela segurança, pois a Prefeitura de São Luís montou rigoroso esquema com revista e proibição de uso de garrafas de vidro. 

Toda a área está bem iluminada e o perímetro do evento é vigiado por equipes posicionadas em torres de monitoramento que abrigam policiais militares, civis, guardas municipais e bombeiros. 

O circuito conta com central de videomonitoramento com reconhecimento facial. Há postos médicos, praça de alimentação com comerciantes cadastrados pela Blitz Urbana e agentes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) orientando motoristas. A avenida principal da Praia Grande opera normalmente, assegurando o acesso facilitado ao evento, esquema que terá continuidade nos demais dias de programação.