Porto do Itaqui publica Inventários de Gases de Efeito Estufa em plataforma da FGV

O Porto do Itaqui publicou, com Selo Prata do Programa Brasileiro GHG Protocol, os seus Inventários de Gases de Efeito Estufa. Após análise, os inventários referentes a 2020 e 2021 foram aprovados e publicados pela Fundação Getúlio Vargas. São reconhecidas pelo Selo Prata as organizações que mensuram e controlam a emissão direta de gases – geradores, veículos e máquinas movidos a combustível, gases de ar condicionado e o quanto de carbono é gerado no consumo de energia.

O próximo passo agora, com projeto em andamento, é substituir a matriz energética (de hidrelétrica para solar). Além disso, a gestão de Meio Ambiente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) integra a Câmara Técnica de Mudanças climáticas.

“Desde 2021, começamos a inventariar nossas emissões de efeito estufa para a elaboração do nosso inventário. Temos dois ciclos de emissões mapeados (2020 e 2021), que vão servir de base para a construção da nossa política de descarbonização”, afirma a gerente de Meio Ambiente da EMAP, Luane Lemos Agostinho.

Os inventários são diagnósticos que demonstram a quantidade de gases de efeito estufa que é emitida nas atividades da empresa. “E é com base neles que estamos traçando as medidas de curto, médio e longo prazo que tomaremos para diminuir a emissão desses gases e descarbonizar nossas operações”, completou.

Metodologia

O Programa Brasileiro GHG Protocol foi criado em 2008 e é responsável pela adaptação do método GHG Protocol ao contexto brasileiro, bem como pelo desenvolvimento de ferramentas de cálculo para estimativas de emissões de gases do efeito estufa (GEE). Foi desenvolvido pelo FGVces e WRI, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável(CEBDS), World Business Council for Sustainable Development(WBSCD) e 27 Empresas Fundadoras.

O GHG Protocol estabelece formas de quantificar a emissão de gases do efeito estufa, bem como metodologias específicas. De acordo com as normas da FGV, os inventários podem ser classificados em três níveis: ouro, prata e bronze. O selo bronze vai para documentos que não têm informações completas, mas apresentam um nível básico de dados; o selo prata contempla inventários que reúnem todas as informações, mas não são auditadas; e o selo ouro distingue os dados completos e auditados.

Além de tornar públicos os inventários das organizações, a plataforma mensura os dados entregues, analisa o quantitativo dos gases emitidos e em qual escopo e ainda oferece um panorama de como o Brasil e as empresas estão se comportando em relação a esse tema.