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Nova realidade: com COVID-19 presente na rotina do brasileiro, entenda cada tipo de teste 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no início de março mais dois autotestes – quando a pessoa realiza todas as etapas da testagem de antígeno sem auxílio profissional, apenas seguindo orientações – de COVID-19. Agora, se somam seis que já foram autorizados no país até então. 

Porém, é importante frisar que a testagem funciona de diferentes formas, a depender de qual é feita. Ainda estamos vivendo uma pandemia, portanto a detecção do vírus segue muito importante, principalmente devido à retomada de encontros presenciais. Além do próprio indivíduo poder decidir fazer o teste por precaução, caso tenha sintomas ou após contrair a doença, grupos e empresas podem testar o público de eventos festivos ou corporativos como forma de prevenção. 

Para tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto, o laboratório de biotecnologia DNA Consult apresenta os testes disponíveis no Brasil, as suas diferenças e quais são os mais recomendados pelas autoridades médicas:

qPCR 

A PCR (reação em cadeia da polimerase) é uma técnica usada para fazer milhares de cópias de uma região específica do DNA, sendo repetidas ciclicamente por meio de uma série de alterações de temperatura. O vírus SARS-CoV-2 tem como material genético o RNA e não o DNA, portanto é necessário que esse RNA seja transformado em DNA, antes de ser realizada a PCR em tempo real para o diagnóstico. Esse passo é chamado de transcrição reversa, de onde vem a sigla RT (abreviação em inglês para “reverse transcription”). Logo, a PCR que utiliza o RNA como molde é conhecida como RT-PCR.

 “A grande vantagem da PCR em tempo real é a rapidez na obtenção dos resultados diagnósticos”, explica o cofundador e diretor científico da DNA Consult, Euclides Matheucci. 

“A RT-PCR é muito importante para identificar se o coronavírus está presente ou não em amostras respiratórias, colhidas no nariz ou garganta por meio de um swab ou amostras de saliva, menos invasivas e mais fáceis de serem coletadas. O processamento da amostra é feito em laboratórios especializados. É o teste mais eficaz para detectar o vírus”, completa Matheucci. 

Antígeno

O teste de antígeno é um exame imunocromatográfico rápido, que ao invés de detectar o material genético do vírus, como no RT-PCR, identifica as proteínas do SARS-CoV-2. O teste rápido de antígeno positivo determina a presença do vírus na amostra, que é colhida por meio de saliva, swab nasal ou nasofaringe. 

Esses exames são mais eficientes na fase aguda da doença, do 1º ao 7º dia em pessoas com sintomas e a partir do 5º dia em pessoas assintomáticas que tiveram contato com casos confirmados.

Exames sorológicos

Os testes sorológicos são aqueles que fazem o uso de amostras de sangue, soro ou plasma e utilizam metodologia chamada imunocromatografia (geração de cor a partir de uma reação entre o antígeno e o anticorpo) para detectar anticorpos produzidos pelo próprio organismo do paciente em resposta à infecção pelo coronavírus, chamados de IgM e IgG. 

Esses indicadores revelam se a pessoa teve ou não contato com o vírus. Tendo em vista que o organismo demanda um tempo para a produção desses anticorpos (janela imunológica) a partir do contágio, a imunocromatografia é indicada para exames a partir de 10 dias após o início dos sintomas. 

RT-Lamp

No teste RT-LAMP (abreviação em inglês para “reverse transcription loop-mediated isothermal amplification”), assim como na PCR em tempo real, ocorre a transcrição reversa (RT), que é o momento em que o RNA viral é convertido em DNA. A diferença é que na RT-qPCR, ocorrem ciclos de amplificação (multiplicação do material genético) com temperaturas variadas, enquanto que na RT-LAMP, a amplificação é feita de forma isotérmica, ou seja, em temperatura fixa. 

É um teste que deve ser utilizado durante a fase precoce da doença, ou seja, até o término da primeira semana desde o aparecimento dos sintomas. “Apesar da sua praticidade, o RT-LAMP ainda não deve ser considerado um teste substituto do RT-qPCR, pois é menos sensível quando comparado ao mesmo”, afirma Matheucci.

Exames de infecção dupla (COVID-19 e Influenza A + B)

São exames que identificam precisamente cada vírus ou ambos, na mesma amostra. A técnica utilizada é a PCR multiplex em tempo real, a qual detecta, simultaneamente, mais de um patógeno (vírus, bactéria) em uma única reação.

“COVID-19 e Influenza, apresentam sintomas semelhantes, sobretudo nos primeiros dias, sendo difícil o diagnóstico clínico baseado somente nos sintomas. Os tratamentos, no entanto, são diferentes. Apenas em uma consulta médica é difícil diferenciar as doenças”, realça o cofundador e diretor científico da DNA Consult.

Como são doenças respiratórias, as amostras ideais são do trato respiratório, colhidas no nariz ou garganta por meio de um swab. A vantagem é a identificação de qual vírus está causando a infecção, dessa forma o médico pode tomar as condutas adequadas para o tratamento e acompanhamento do paciente.

Sobre a DNA Consult

A DNA Consult é uma empresa de biotecnologia que trabalha com genética molecular, criada em 1996 na cidade de São Carlos-SP. A partir de resultados das análises genéticas oferecidas, é possível identificar a condição clínica do paciente e oferecer tratamentos específicos, além de contribuir para a prevenção de doenças. Para atuar, a empresa possui todas as certificações e habilitações da ANVISA, Vigilância Sanitária e Instituto Adolfo Lutz. Mais informações em www.dnaconsult.com.br