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Iterma celebra o Dia Estadual das Quebradeiras de Coco Babaçu fortalecendo a execução da regularização fundiária

No Maranhão, hoje é uma data de celebração e reconhecimento à força e tradição de centenas de mulheres rurais. Neste domingo (24), é comemorado o Dia Estadual das Quebradeiras de Coco Babaçu, uma homenagem a essas trabalhadoras de fibra, que desempenham um papel vital na cultura e economia do estado.

O Dia Estadual das Quebradeiras de Coco Babaçu é uma oportunidade de reconhecimento e celebração do trabalho incansável dessas mulheres que são guardiãs de uma tradição maranhense única e fundamentais para o desenvolvimento rural sustentável do estado.

Entre elas, destaque para o Grupo Sabor e Arte, composto por 20 quebradeiras de coco babaçu do quilombo Boa Vista, em Rosário. Essas mulheres têm o babaçu como sua principal matéria-prima, transformando-a em produtos derivados, que representam parte da riqueza e costumes maranhense.

O grupo tem uma missão clara: promover e valorizar a cultura do babaçu, uma árvore que é chamada de ‘mãe palmeira’ pelas quebradeiras de coco. Elas possuem também participação ativa em programas e ações do Governo do Maranhão, que investe em projetos que visam a valorização, apoio ao trabalho desenvolvido por essas mulheres e fortalece a cadeia agroextrativista. Entre eles, o Programa de Compras da Agricultura Familiar (Procaf) nas modalidades Babaçu, Geral e Quilombola. Além dos Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). 

Do fruto do babaçu elas extraem as castanhas que dão origem a produtos como o azeite, sorvete, sabão, artesanato feito com as palhas, biscoitos, pães, entre outros produtos. Cada item artesanal que produzem é uma expressão da dedicação ao desenvolvimento sustentável e à promoção da agricultura familiar. 

O reconhecimento da capacidade empreendedora do grupo Sabor e Arte foi consolidado com o prêmio ‘Mulheres Empreendedoras’, promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Maranhão, que reforça o impacto positivo que elas têm em suas comunidades.

Maria do Rosário, uma das integrantes do grupo, destacou que o processo de titulação da área que vivem e trabalham, uma das principais ações do Governo do Estado, já está em fase de finalização graças ao trabalho executado pela equipe do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma). Essa conquista representa um marco na luta pelo reconhecimento e proteção dos territórios onde o babaçu é colhido, garantindo a sustentabilidade, segurança jurídica e qualidade de vida para essas famílias. 

“Este dia é uma oportunidade de honrar a tradição que carregamos e o valor do babaçu em nossas vidas. A regularização fundiária é um passo crucial para garantir que as futuras gerações possam continuar colhendo o fruto em um ambiente protegido e com a certeza de que a terra é nossa. Estamos ansiosas pela entrega da titulação em novembro. Isso representa mais do que um pedaço de papel; é o reconhecimento de nossa história e o compromisso do estado com a preservação de nossos babaçuais”, disse a quebradeira de coco e quilombola Maria do Rosário.

No Maranhão, a regularização fundiária de comunidades e povos tradicionais é uma realidade em diversos municípios, incluindo Anajatuba, Caxias, Codó, Itapecuru, Matinha, Presidente Sarney, Pinheiro, Santa Helena, Santa Rita, São João do Sóter, São Vicente Ferrer, Viana, Serrano do Maranhão, Presidente Sarney, Peri-Mirim, Cururupu e Rosário. A titulação de terras desses territórios não apenas garante direitos, mas também preserva os babaçuais livres, que são fonte de renda para inúmeras famílias, e assegura a conservação dessas áreas para as futuras gerações.