IMESC divulga valor do PIB dos Municípios Maranhenses referente a 2018
O Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC), autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Programas Estratégicos (SEPE) divulgou, nesta quarta-feira (16), o valor do Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios do Estado do Maranhão referente ao ano de 2018. A publicação traz como destaque que o município com maior PIB per capita tem a agropecuária e os transportes como principais atividades econômicas.
Quanto ao peso dos municípios na economia, apesar de uma tendência de perda de participação da capital desde o início da década de 2010, em 2018, São Luís apresentou ganho de participação em comparação a 2017. Em 2010, a capital contribuía com cerca de 39,33% no nível de atividades maranhenses, o que sugere uma tendência de desconcentração das atividades econômicas no estado.
O PIB de São Luís, em 2018, foi de R$ 33,605 bilhões e representou cerca de 34,23% do PIB do Maranhão. A menor contribuição foi de Bacurituba, com R$ 35,152 milhões e participação de 0,04% no PIB do Maranhão em 2018.
O PIB dos municípios é desenvolvido por meio de parcerias entre os órgãos estaduais de estatísticas ou secretarias estaduais e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), assim como o PIB estadual.
Em se tratando de PIB per capita, um dos grandes diferenciais desse indicador é que não necessariamente os municípios com maiores PIBs são os mesmos que aparecem no topo do ranking do PIB per capita. “A capital maranhense, por exemplo, é a primeira no ranking do PIB, mas ocupa a sétima posição quando se trata do PIB per capita. Por outro lado, Tasso Fragoso aparece em 10ª posição entre os maiores PIBs, contudo, é o primeiro no ranking do PIB per capita”, pontua o presidente do IMESC, Dionatan Carvalho.
Destaca-se ainda que Tasso Fragoso ocupou a posição nº 34 no ranking nacional do PIB per capita, e Santo Antônio dos Lopes ocupou a 38ª posição entre os maiores PIBs per capita do país.
Essa situação mostra o quanto municípios pequenos (com menos de 50 mil habitantes) podem gerar PIBs elevados a partir de atividades que produzem Valores Agregados significativos, como o caso de Santo Antônio dos Lopes, cujo PIB depende bastante da atividade de Extração de Gás Natural.
Em termos setoriais, as contribuições no nível de atividades total do estado em 2018 foram: Agropecuária (9%), Indústria (18,5%) e Serviços (72,5%). No caso do setor agropecuário, os municípios que mais se destacaram foram Balsas (18º no ranking do Brasil e 1º no Maranhão) e Tasso Fragoso (22º no Brasil e 2º no Maranhão). Já no setor industrial, destacam-se São Luís (27º no Brasil e 1º no Maranhão) e Imperatriz (153º no Brasil e 2º no Maranhão).
No que se refere ao setor de Serviços, a grande maioria dos municípios maranhenses tem a Administração Pública (APU) como principal atividade econômica, contudo, temos algumas exceções: Balsas, Davinópolis, Imperatriz, Porto Franco, Santa Inês, São Domingos do Azeitão e São Luís, que se destacam na atividade de Comércio, e Tasso Fragoso na atividade de Transportes.
A metodologia é uniforme para todas as Unidades da Federação com integração conceitual aos procedimentos adotados nos Sistemas de Contas Nacionais e Regionais do Brasil. O resultado do PIB dos municípios é obtido por meio da distribuição dos Valores Adicionados das atividades econômicas auferidos pelas Contas Regionais do Brasil. Dessa forma, os resultados não contemplam variações de volume e de preço.