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Igrejas adotam protocolo sanitário no retorno gradual: “É uma questão de saúde pública”, diz pastor

A pandemia do coronavírus já vitimou milhares pessoas ao redor do mundo, gerando uma onda de inseguranças e incertezas. Em meio a esse cenário desolador, o papel das organizações religiosas é fundamental para o acolhimento espiritual da população.

No Maranhão, portaria editada pela Casa Civil autorizou a reabertura das organizações religiosas em todo o Estado desde o dia 10 de junho, mas para isso as organizações religiosas devem seguir uma série de regras sanitárias para evitar a disseminação da doença.

Elas precisam seguir tanto as regras gerais (que valem para todos os estabelecimentos) quanto as específicas para esse segmento.

Entre as medidas, estão a redução em 50% da capacidade, o uso obrigatório de máscaras, distanciamento de dois metros entre as pessoas e a higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel, ao entrar e sair dos espaços religiosos.

As medidas expressas na Portaria nº 38 foram elaboradas com base em propostas apresentadas ao governador Flávio Dino pelos próprios líderes religiosos. O secretário de Estado de Relações Institucionais (SRI), Enos Ferreira, que intermediou o diálogo entre o poder público e as igrejas, conta que as regras estão sendo cumpridas pelas diversas comunidades religiosas do Maranhão.

“Nós estamos satisfeitos. Estamos vendo o retorno gradativo das atividades presenciais. Estão nos reportando que de fato há uma correspondência tanto das lideranças quanto dos liderados para atender as medidas”, diz Enos Ferreira.

Para o pastor Aquiles Valente, presidente da Convenção Batista Maranhense, “os cuidados são necessários” e a adoção de medidas é uma “questão de saúde pública”.

“As igrejas estão seguindo [as regras]. É uma questão de saúde pública e todos os cuidados e medidas estão sendo tomados. São medidas de saúde e de higiene essenciais para o momento que nós estamos vivendo”, avalia Aquiles.

Horário de funcionamento e grupos de risco

A Portaria nº 38 também impõe redução no horário de funcionamento das organizações religiosas, que agora deve ser das 6h às 22h. As celebrações podem durar no máximo 60 minutos e deve haver um intervalo de duas horas entre as celebrações. Nesse período, todo o ambiente deve ser higienizado e o ambiente religioso deve ficar o mais arejado possível.

As pessoas dos grupos de maior risco ou que tenham sintomas de gripe são orientadas a participar apenas virtualmente (online) das celebrações, não podendo estar presentes nos locais físicos. Também devem permanecer em casa pessoas que apresentem sintomas gripais, testaram positivo para Covid-19 ou que tiveram contato com alguém contaminado.

“Nós acreditamos que isso vai contribuir para esse retorno, uma vez que os membros das igrejas têm uma necessidade de congregar, de ouvir a palavra, de louvar, e isso também ajuda na saúde espiritual, na saúde emocional das pessoas que estão passando por esse momento difícil da pandemia”, frisa o secretário Enos Ferreira.