Hospital Presidente Vargas realiza programação no Dia Mundial de Combate à Tuberculose

Uma programação especial em alusão ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose ocorreu na manhã desta quinta-feira (24), no Hospital Presidente Vargas, no bairro da Jordoa, em São Luís. Entre as atividades desenvolvidas, esteve a distribuição de brindes e lanches saudáveis aos pacientes e acompanhantes. Na oportunidade, diretores, colaboradores da unidade de saúde e especialistas falaram sobre pontos importantes envolvendo a doença.

“São várias ações para destacar os tratamentos e as formas de prevenir a tuberculose, tanto aqui no hospital quanto em outras unidades de saúde, a exemplo das UPAs Itaqui-Bacanga, Vinhais e Araçagi. Faremos rodas de conversa com os profissionais para destacar a importância do tratamento e combate à doença”, mencionou Thiago Leite, diretor administrativo do Hospital Presidente Vargas.

Atualmente, o Hospital Presidente Vargas conta com 269 pacientes em tratamento ambulatorial. Em média, a unidade registra 78 novos casos de tuberculose por mês. “Aqui nós conseguimos traçar todo diagnóstico com exames, raio-x, baciloscopia. Somos o Hospital de referência no estado. Quando o paciente precisa de um tratamento mais prolongado ele já fica na unidade, quando se trata de esquemas mais básicos é preciso uma avaliação mais minuciosa, mas normalmente nós disponibilizamos os medicamentos para que ele possa fazer esse tratamento em uma unidade de saúde mais próximo da sua casa”, explicou Tereza Morais, coordenadora do ambulatório de tuberculose.

A referência estadual para o acompanhamento especializado é o Hospital Presidente Vargas, que também assiste pacientes com Tuberculose Droga Resistente (TB-DR). O diagnóstico e atendimento são feitos pela rede municipal em qualquer Unidade Básica de Saúde (USB).

A notícia boa é que a tuberculose tem cura em 100% dos casos. Basta tomar a medicação corretamente durante 6 meses, sem interrupção. A vacina BCG, aplicada no primeiro ano de vida, protege as crianças das formas mais graves da tuberculose. A melhor forma de tratamento é identificar rapidamente o doente e tratá-lo.

“O Brasil é um país continental, onde muitas vezes as ações não chegam às periferias. Ao mesmo tempo que o tratamento evoluiu, surgiu antibiótico que combate a doença, isso em 1945, basta diagnosticarmos a doença e tratá-la adequadamente”, reforçou o médico pneumologista Ariosvaldo Gaioso Neto.

Marcelo Ferreira Menezes foi com a mãe ao Hospital Presidente Vargas em busca de tratamento. “É a primeira vez que estamos na unidade. Fomos muito bem recepcionados e nos sentimos acolhidos, já nos encaminharam para todos os processos que devemos fazer para diagnóstico e tudo vai dar certo, estamos com muita fé”, ressaltou Marcelo.

Dados

Entre 2020 e 2021, o Maranhão apresentou um aumento de casos notificados, com 2.608 e 3.045 casos, respectivamente. A coordenação do Programa Estadual de Controle da Tuberculose acredita que o aumento se deve a uma maior procura da população com sintomas gripais suspeitos de Covid-19 às unidades de saúde.

“São 140 anos da descoberta do bacilo da tuberculose. Portanto, é um momento de dar uma maior visibilidade à doença, lembrando que esse debate e trabalho de conscientização devem ser diários. Conscientizar que a tuberculose tem cura, trabalhar a questão do preconceito, já que a doença ainda é muito rotulada pela questão do isolamento social. Então, é um momento fundamental para trabalharmos todas essas temáticas”, pontuou Rosany Carvalho, coordenadora estadual do Programa de Tuberculose. 

O Hospital Presidente Vargas compõe a Rede de Estado da Saúde e é gerenciado pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh).