Governo une esforços para vacinação de povos indígenas durante início da aplicação da dose de reforço contra a Covid-19.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) iniciou, nesta segunda-feira (27), a primeira etapa da vacinação com doses de reforço bivalentes contra a Covid-19. Neste primeiro momento, em conjunto com o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei – Maranhão) e o Município de Grajaú, foi realizada a abertura da ação na Terra Indígena Bacurizinho, localizada na Aldeia Bacurizinho, no município de Grajaú. 

Representando o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, a secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Waldeise Pereira, reforçou o diálogo entre União, estados e municípios, e os impactos positivos do trabalho conjunto. 

“Hoje não queremos trazer à tona apenas a perspectiva da imunização. Queremos destacar, também, a integração entre as três esferas de gestão com foco na valorização da saúde indígena. Enquanto representante do Governo do Estado, estamos aqui para servir de forma integral, para que as nossas políticas alcancem todas as pessoas”, destacou. 

Na primeira etapa do reforço bivalentes contra a Covid-19 serão vacinados idosos acima de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições permanentes, indígenas, ribeirinhos e quilombolas. 

Verônica Bento Guajajara, de 18 anos, acompanhada do filho, Enzo, de três meses, participou da ação. “Eu quero me vacinar para proteger a mim e meu filho”, compartilhou. Já a indígena Lucinã Maria Carlis, de 21 anos, comemorou o recebimento da terceira dose contra a Covid-19. “Para mim foi importante para poder proteger a mim e minha família”, disse.

Ao todo, 25.800 indígenas com idade acima de 12 anos serão beneficiados pela campanha no estado. Para o início do reforço bivalente de imunização contra a Covid-19, a terra indígena Bacurizinho foi escolhida em razão grande população existente na região, que também é da etnia Guajajara. Na localidade estão presentes duas aldeias: a Aldeia Bacurizinho e Aldeia Ipú. Juntas elas somam quase mil indígenas.  

“É necessário que os pais se vacinem e levem seus filhos, pois isso ajuda a desmistificar as desinformações sobre a eficácia da vacina. Assim, é importante que a nossa saúde esteja em primeiro lugar, assumindo uma conduta previdente, evitando um novo agravamento da pandemia, ou pior, o surgimento de doenças que hoje se encontram controladas”, destacou o coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena – Maranhão, Dirceu Espíndola de Andrade. 

O prefeito de Grajaú, Mercial Lima de Arruda, afirmou que o acesso à vacina para os indígenas é cumprimento de direitos. “O cuidado com essa população é prioridade. Ficamos felizes com a parceria do governo, que assim como nós também tem buscado trabalhar preventivamente para a saúde dos povos indígenas”.

Também integraram a comitiva da SES a superintendente de Vigilância Epidemiológica e Controle de Doenças, Tayara Pereira; a coordenadora da Força Estadual de Saúde do Maranhão (FESMA), Cheila Farias; e o coordenador das Regionais de Saúde, Aristeu Marques. Da equipe local, participaram da abertura da campanha o cacique da Aldeia Mangueira, Manoel Pereira; cacique da Aldeia Thaymi, Lauro Lopes; a coordenadora de Imunização do Dsei-MA, Luana Sousa Habibe; o responsável técnico do Dsei-MA no polo de Grajaú, Antônio Sales; e o vereador de Grajaú, José Arão Marizê Lopes Guajajara.

Vacina Bivalente

A vacina Pfizer bivalente tem prevalência contra todas as cepas do Coronavírus, incluindo a Omicron. O imunizante tem como destino as pessoas que tenham completado, ao menos, o esquema básico contra a Covid-19, ou seja, com a primeira e segunda doses. O intervalo de tempo entre a bivalente e qualquer uma das outras doses deve ser de no mínimo quatro meses.

A Campanha Nacional de Vacinação contra Covid-19 foi dividida em quatro fase, onde nesta primeira fase, iniciada segunda-feira, aproximadamente 193 mil pessoas devem ser vacinadas contra Covid-19 no Maranhão, entre comunidades indígenas, pessoas com 70 anos ou mais, moradores de instituições de longa permanência (ILP), imunocomprometidas, ribeirinhas e quilombolas. A meta é vacinar 90% dos grupos prioritários até o fim do ano nas quatro fases em que a mobilização foi dividida.

Para quem ainda precisa atualizar o esquema vacinal, as vacinas contra a Covid-19 estão disponíveis na rede estadual, em São Luís, nas Policlínicas Vinhais e Cidade Operária, além dos postos municipais de vacinação na capital e interior.