Entidades empresariais reforçam atuação conjunta para geração de oportunidades sociais e comerciais em Alcântara

– A atividade espacial desenvolvida pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) traz oportunidades de progresso tanto social quanto econômico para o Maranhão. E esse é o principal motivo para que entidades empresariais do estado, capitaneadas pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), concentrem esforços para realizar ações conjuntas que constam no Programa de Desenvolvimento Integrado (PDI – CEA). As ações da iniciativa privada visam ao equilíbrio entre a valorização da tradição cultural da população de Alcântara e a promoção do desenvolvimento científico e tecnológico, fator de competitividade tanto para o Maranhão quanto para o Brasil.  

O Centro Espacial de Alcântara (CEA) é considerado um grande ativo da infraestrutura nacional. As capacidades espaciais desenvolvidas pelo país no âmbito do CEA, com lançamentos de foguetes comerciais, colocam o Brasil em um seleto grupo de países lançadores, o que gera novas oportunidades de desenvolver o país. “Esse trabalho liderado pelo Programa Espacial Brasileiro deve contar com esforços integrados. Daí porque as entidades empresariais estão juntas e desde 2020 realizam ações necessárias para viabilizar o potencial de Alcântara”, explicou o presidente da FIEMA, Edilson Baldez.  

Além da FIEMA (SESI e SENAI), a Fecomércio (SESC e SENAC), FAEMA (SENAR), ACM e SEBRAE são algumas das entidades empresariais que trabalham para alavancar o ciclo produtivo da região. Para tanto, os desafios são muitos em áreas como infraestrutura, transporte, turismo, saúde, capacitação profissional, entre outros. E o Programa de Desenvolvimento Integrado do Centro Espacial de Alcântara (PDI – CEA) é o instrumento de planejamento que guia o trabalho coordenado das entidades empresariais e do poder público, pois são necessárias políticas públicas para transformar o CEA em um vetor de desenvolvimento para todos.  

Contribuições – Até o início deste ano, o Serviço Social da Indústria (SESI) realizou mais de 20 mil atendimentos em unidades móveis na sede de Alcântara e nas comunidades Peru, Marudá, Peroba, Cajueiro, Pepital e Oitiua. Foram ações de saúde, qualidade de vida e educação. Uma unidade fixa do SESI está sendo estruturada para receber salas de aula, laboratórios, clínica de saúde ocupacional e odontológica, entre outros serviços.  

Já o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) ofertou mais de 20 turmas de cursos profissionalizantes em áreas como gestão, vestuário, elétrica, mecânica e construção civil entre 2020 e 202’. Outros cursos serão oferecidos em áreas como energias renováveis visando à transição energética.  

O Sebrae, por exemplo, atua em Alcântara com o Programa Cidade Empreendedora. O objetivo é desenvolver mais de 500 pequenos negócios atuantes no município com questões como melhoria do ambiente legal, aumento do volume de compras públicas, formalização de empresas e capacitações empresariais. 

A Fecomércio atua por meio do SESC e do SENAC. O SESC realizou mais de 800 exames de mamografia e preventivos, além de ações educativas. Este ano, serão formados agentes culturais com foco na memória do patrimônio, visando contribuir com o trade turístico e promover a geração de renda no município. Por sua vez, o SENAC realizou cursos nas áreas de alimentação, gestão e vestuário. Para 2023, a proposta é investir nos segmentos de gastronomia, moda, hospedagem, entre outros, com ênfase à empregabilidade e empreendedorismo local.  

A ACM deve reativar a Associação Comercial de Alcântara para atender demandas de capacitação empresarial e de consultorias. E na área rural, a FAEMA e o SENAR realizaram 11 cursos envolvendo as cadeias produtivas da suinocultura, gestão da propriedade rural e de artesanato.  

“A inserção do CLA no cenário aeroespacial com a atração de operadores privados, a exemplo do lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-TLV em março deste ano, depende da superação de muitos desafios. As entidades empresariais atuam de maneira integrada para superá-los porque entendem que as oportunidades de progresso que traz o Centro Espacial de Alcântara interessam à maioria da população”, frisou Luiz Fernando Renner, vice-presidente da FIEMA que integrou a comissão que elaborou o PDI-CEA como representante oficial do empresariado.