Eletricidade e uma casa segura 

Buscar por um lar confortável e seguro é o objetivo de muitas pessoas, mas muitas vezes a parte elétrica acaba passando despercebido, principalmente quando estamos comprando casas/apartamentos antigos ou alugando. 

Para entender sobre o assunto conversamos com o coordenador do curso de Engenharia do Centro Universitário Estácio São Luís, Renato Mortari Filho. O especialista pontuou em sua fala as necessidades de troca de fiação de acordo com o tempo e conservação do local.

“O tempo de troca de fiações depende de alguns fatores: instalações com mais de 20 anos devem passar por uma perícia técnica feita por um eletricista capacitado, com intuito de verificar possíveis falhas de isolamento de fios, tais como: fios desencapados e fitas isolantes desgastadas”, informou o especialista. 

Além desse cuidado, também é necessário verificar eletrodomésticos antigos, pois devido a fugas de corrente elétrica e com as possíveis ligações elétricas inadequadas fora da norma de instalações elétricas vigente (NBR 5410), podem gerar consumo excessivo de energia, além de sobrecarregar a rede elétrica.

Um ponto que algumas vezes acaba passando despercebido ou até mesmo que não é levado em consideração, é a necessidade de uma revisão na instalação elétrica para que a instalação de novos equipamentos não gere uma sobrecarga no sistema, independentemente da instalação ser nova ou antiga.

“A troca deve ser feita quando as tomadas e interruptores estiverem escurecidos ou com sinais de derretimento, esses fatores podem ser sinal de que o local não está bem isolado, gerando o desligamento do disjuntor ao longo do dia”, pontuou. 

Esses fatores levam ao superaquecimento anormal, produzindo fugas de correntes das instalações elétricas antigas ou mal feitas levando inclusive a um curto circuito é possível incêndio. “Vale lembrar que colocar vários dispositivos ligados às tomadas também podem levar a uma sobrecarga do sistema e levar a queimar equipamentos e eletrodomésticos”, esclareceu. 

Um outro ponto que é sinônimo de preocupação, são as tomadas e crianças pequenas em casa, sem temer o perigo, algumas crianças acabam colocando objetos nas tomadas ou até mesmo os dedinhos. O especialista aconselha que as tomadas convencionais sejam trocadas por modelos que possuem um certo recuo para que seja colocado um plug de proteção. 

“Uma dica importante é colocar principalmente as tomadas e quadros de distribuição a pelo menos 1,5 m (um metro e meio) de altura para impedir que crianças menores tenham acesso. Se possível colocar caixas embutidas nos quadros de distribuição para que os disjuntores não fiquem visíveis as crianças”, completou.