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Economia do Maranhão deve crescer acima da média nacional em 2023, estima Santander

SÃO LUÍS – Em um contexto desafiador para a economia brasileira, com o impacto defasado da política monetária mais restritiva, o Produto Interno Bruto (PIB) do Maranhão deve crescer 0,5% em 2023. A perspectiva faz parte de estudo especial sobre economia regional do Santander, que prevê queda de 0,2% para o PIB do Brasil no próximo ano. Já a economia da região Nordeste ficará praticamente estável, com alta de 0,1%.

Realizado anualmente, o levantamento apresenta projeções do banco por estados e regiões do País para o horizonte de 2020 a 2023. Os últimos dados oficiais do IBGE para as economias estaduais são de 2019.

Pelas estimativas de Gabriel Couto, economista do Santander e autor do estudo, o PIB maranhense diminuiu 2,9% em 2020, ano que marcou o auge do impacto da pandemia na atividade econômica. Em igual comparação, a economia nacional recuou 3,9%, conforme já divulgado pelo IBGE.

Em 2021, quando a flexibilização das medidas de restrição à mobilidade permitiu a reabertura da economia, o PIB do Maranhão avançou 1,9%, calcula Couto. “O motor dessa expansão foi o setor de serviços, que representa 74% da economia maranhense e cresceu 1,5% no estado no ano passado, considerando nossas projeções”, afirmou.

Os serviços indicam tendência consistente de expansão no Nordeste após a reabertura, comenta o economista do Santander, embora nem todos os estados tenham retomado os níveis pré-crise. “O Maranhão é um dos destaques positivos da atividade dos serviços na região”, destaca Couto.

Já neste ano, o Santander projeta estabilidade para o PIB maranhense, com redução de 0,4% da atividade dos serviços e queda de 2,5% na agropecuária. A indústria deve ser o único segmento com crescimento no estado em 2022, de 3,5%, observa Couto. De acordo com o levantamento, os setores agro e industrial têm peso de 8,7% e 17,3% na economia do Maranhão, respectivamente.