Dia do Vestibulando: medo de errar não precisa ser um empecilho na escolha da futura carreira 

 A expectativa de ingresso no ensino superior é um momento que marca o começo de um novo ciclo. Para muitos, essa é a chance de se realizar um sonho e, por isso, essa etapa tem grande impacto na vida pessoal e profissional dos vestibulandos. Um período que, geralmente, vem acompanhado de dúvidas e ansiedade. Especialmente agora, em que se vivencia o pós-isolamento social, grande parte dos estudantes teve esse sentimento potencializado, o que pode influenciar na tomada de decisão sobre qual carreira seguir.  

A coordenadora do curso de Psicologia da faculdade Pitágoras, Fernanda Zeidan, diz que é completamente normal o fato de não saber ao certo o curso que deseja estudar. “A hora de escolher a faculdade e o curso de graduação pode ser muito emocionante, mas também um momento de muita dúvida e ansiedade. Um jeito interessante de começar a escolher a carreira a seguir, é pensar nas áreas ou disciplinas com as quais você tem maior afinidade”. 

Apesar de ser um sentimento normal do ser humano, a ansiedade pode ser desencadeada desde o momento em que a responsabilidade da escolha surge. No entanto, a especialista reforça a importância de entender que caminhos podem mudar com o tempo. “É comum achar que decidir a graduação é um momento de ‘tudo ou nada’ e que não há espaço para erros. É claro que todos querem fazer a escolha mais correta, mas caso perceba ao longo do caminho que a decisão deve ser mudada, está tudo bem”, analisa. 

Segundo a Revista Brasileira de Orientação Profissional, produzida pela Associação Brasileira de Orientação Profissional, diversas variáveis influenciam nos interesses ao longo do ciclo de vida. De acordo com a publicação, é possível perceber a influência da família, especialmente dos pais, na escolha de cursos e futuras profissões. De acordo com a pesquisa, os pais frequentemente sugerem e, em alguns casos, determinam as escolhas do adolescente. A psicóloga enfatiza que é importante que os pais ou responsáveis deem liberdade neste momento. “Os alunos acabam carregando ainda o medo de decepcionar os pais, caso decidam seguir um caminho que não era esperado. É importante que exista o apoio neste momento e que não haja imposição de qual carreira os filhos devem seguir,  além  de evitar comparações”, comenta. 

Em comemoração ao Dia do Vestibulando, celebrado na próxima terça-feira (24), a especialista pontuou algumas dicas para ajudar na escolha da faculdade e o curso de graduação.  

Comece analisando o que você gosta de estudar 

Um jeito interessante para dar o primeiro passo é pensar nas áreas ou disciplinas com as quais você tem maior afinidade ou facilidade. Por exemplo, se você ama estudar Matemática e Física, cursos da área de Exatas, como Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo e Ciência da Computação, podem ser uma excelente aposta. Já quem tem mais facilidade com Linguagens, Sociologia, História e Geografia, pode se dar bem em um curso da área de Humanas, como Direito, Psicologia ou Administração.  

Existe ainda a área de Ciências Biológicas, que está relacionada à Química e Biologia e abrange vários cursos ligados à saúde, como Medicina, Fisioterapia, Enfermagem e Odontologia. Depois de fazer essa reflexão, você pode começar a pesquisar os cursos da área que mais se adequa ao seu perfil. Porém, também é importante considerar aspectos como: As oportunidades em termos de empregabilidade e renda que cada curso oferece; seus gostos e habilidades pessoais.  

Divida suas dúvidas e fale sobre as opções com colegas 

A troca é sempre bem-vinda e saudável. Conversar sobre possibilidades, dizer o que gosta de fazer e o que não gosta, são caminhos que facilitam escolhas, pois torna o momento menos tenso. Assim, o jovem divide com amigos as suas dúvidas, temores e anseios, além de poder conhecer opções que não tinha parado para pensar antes.  

Bacharelado, licenciatura ou curso tecnológico?  

Os cursos do tipo bacharelado costumam ter duração mais longa (entre 4 e 6 anos) e dão ao aluno uma formação mais generalista. Já as licenciaturas são voltadas para o ensino e costumam ter duração entre 3 e 4 anos. São a melhor escolha para quem quer ser professor. Os tecnólogos, por sua vez, têm duração mais curta (de 2 a 3 anos) e oferecem uma formação mais prática ao aluno, visando sua rápida inserção no mercado de trabalho. 

Vale dizer que alguns cursos são oferecidos no grau de bacharelado e licenciatura, como Educação Física, Pedagogia e Letras.  

Conheça o Orientu 

O Orientu é o teste de orientação profissional do Stoodi,edtech de cursinho digital preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e pré-vestibular da Kroton, detentora da Unic. 100% online, a ferramenta apoia os estudantes  na decisão de uma carreira que mais se identifica com o seu perfil.