Desembargador Lourival Serejo recebe Menção Honrosa do Sindjus-MA

O Sindicato dos Servidores da Justiça do Maranhão (SINDJUS-MA) homenageou na manhã desta terça, 10, o desembargador Lourival Serejo com Menção Honrosa – categoria do Prêmio Agnaldo Nunes destinada às personalidades que contribuíram para o desenvolvimento social e para a garantia de direitos no país.

A cerimônia contou com a presença da Diretoria Executiva do Sindjus: o Presidente do Sindjus-MA, George Ferreira; o Diretor Financeiro, Márcio Luis Andrade; o Diretor Jurídico, Artur Estevam Araújo; o Diretor de Esporte e Lazer, Marcos Gilson Andrade; o advogado do Departamento Jurídico, Carlos Miranda e demais autoridades da Justiça maranhense.

O desembargador Lourival de Jesus Serejo Sousa nasceu na cidade de Viana, Maranhão. Filho de Nozor Lauro Lopes de Sousa e Isabel Serejo Sousa, formou-se em Direito, em 1976, especializando-se em Direito Público, pela Faculdade de Direito do Ceará, e posteriormente, em Direito Processual Civil pela Universidade Federal de Pernambuco, em convênio com a Escola Superior da Magistratura do Maranhão. No Biênio 2020/2022, presidiu o Tribunal de Justiça do Maranhão. Atualmente é presidente da Academia Maranhense de Letras.

Dentre as inúmeras contribuições do desembargador para a Justiça brasileira, destaca-se o pioneirismo na criação do Comitê de Diversidade do TJMA, que busca assegurar o respeito aos direitos fundamentais dos diversos grupos da sociedade e defendê-los contra qualquer tipo de preconceito ou violência.  “É importante ressaltar que a iniciativa foi orgânica, antes que a sociedade pudesse cobrar a administração pública, o desembargador se preocupou em promover o respeito e defesa das pessoas pretas, LGBTQIA+, com deficiência, de todos os corpos e idades”, pontua o presidente do Sindjus-MA, George Ferreira.

A humanidade do desembargador Lourival foi especialmente oportuna por ocasião da pandemia de COVID-19, que representou desafio sem precedentes na história do Tribunal de Justiça. “Lourival Serejo no período em que me antecedeu à frente do Tribunal de Justiça conseguiu ser unanimidade em um aspecto bem particular, ele foi o presidente certo para o momento certo. Nesse momento dificílimo, ele com toda sua leveza e diálogo conseguiu nos liderar nessa travessia tão importante”, afirmou o atual presidente do TJMA, desembargador Paulo Velten. 

O sentimento do desembargador Lourival Serejo ante tamanho reconhecimento da Justiça maranhense é o de dever cumprido. “Reconhecer o valor que está em cada servidor sempre foi minha preocupação constante, promover um ambiente de proteção e cuidado a todos e todas. Me sinto recompensado pelo que realizei na minha administração, embora acredite que não fiz mais do que minha obrigação”, concluiu.

Durante a premiação que valorizou a diversidade promovida por Serejo na Justiça brasileira, a antítese do momento em que o país atravessa – os ataques antidemocráticos que aconteceram no último domingo, 8, em Brasília – também foram mencionados. “Hoje o desembargador é reconhecido por um dos elos fortes da democracia, o respeito. Valorizar o próximo apesar de suas diferenças é fundamental. Toda discordância deve acontecer no campo da cordialidade, utilizando as ferramentas que a própria democracia nos oferece. Precisamos entender que só a democracia está acima de tudo e de todos”, disse o presidente do Sindjus-MA, George Ferreira.

Quem também ressaltou a importância social da civilidade e do Estado Democrático de Direito foi o presidente do TJMA, Paulo Velten. “É dever de todos nós, independente de sermos ou não pessoas públicas, o compromisso com o nosso aprimoramento pessoal. Para tanto, precisamos agir com boa fé, não com base em mentiras, pensamentos extremados e realidades paralelas”. 

SOBRE O PRÊMIO

O Prêmio Agnaldo Nunes foi criado com o objetivo de valorizar práticas que promovam a melhoria da prestação jurisdicional à sociedade, assim como ações de cunho social ou que promovam a cidadania.

Agnaldo Nunes de Oliveira foi auxiliar judiciário da Vara Única de São Mateus do Maranhão, cidade onde nasceu, em 3 de fevereiro de 1979. Ele ingressou no Tribunal de Justiça do Maranhão em 2012 e serviu até o último dia de sua vida, quando em 1° de novembro de 2017, faleceu enquanto trabalhava no Fórum da Comarca. 

O servidor, que era filiado ao Sindjus-MA, dá nome ao Prêmio por representar bem o profissional da Justiça maranhense: pessoas comuns que buscam proporcionar conforto para suas famílias, que contribuem com o seu trabalho para o desenvolvimento da Sociedade e que lutam por seus direitos.